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parte do curso 1 para professores da Escola Dominical. Acesse aqui o curso
Completo.
Einstein disse:
"Eu nunca ensino aos meus alunos. Somente
tento criar condições nas quais eles possam aprender". Horace Mann
disse que "um professor que tenta ensinar, sem inspirar o aluno a
aprender, está martelando em ferro frio".
Outro pensador e
prático da educação foi Ole Ivar Lovaas, psicólogo americano que dedicou sua
vida como um pioneiro a tratar de crianças com autismo. Ele procurou
entende-los de forma que pudessem aprender e conviver com a sociedade que os
cercava.
Conta-se de um ministro protestante no século 19 que teve de sair da
América para o continente europeu para realizar uma série de ministrações.
Antes de chegar ao seu destino, o navio em que viajava teve de fundear em uma
das ilhas próximas ao continente, para abastecer, o que deu pelo menos dois
dias de descanso aos viajantes.
O ministro, decidido a passear pela praia, pôs-se a caminhar, e encontrou
na areia três pescadores que consertavam suas redes, e passou a observar o
trabalho daqueles homens. Quando os homens se deram conta de que estavam sendo
observados, perguntaram ao ministro, que estava vestindo uma roupa preta com
gola clerical, comum aos obreiros naqueles dias: "O senhor é um ministro
de Deus?", ao que o homem respondeu: "Sim, eu sirvo a Deus". Os
pescadores então disseram: "Nós também servimos a Deus!"
Intrigado, o ministro perguntou de que forma eles oravam, e para sua
surpresa, ouviu a seguinte resposta: "Nós oramos assim: Nós somos três,
vós sois três. Tende misericórdia de nós". Naquele momento, o ministro
disse aos pescadores que aquela oração não era correta, e que deveriam orar
como Jesus orou, e passou a recitar a oração do Pai Nosso, palavras que os
pescadores não tinham ouvido ainda.
Impressionados com as palavras de Jesus, eles repetiram aquela nova
oração e voltaram felizes para suas casas. O ministro voltou ao navio, e no dia
seguinte partiu para a sua missão. Duas semanas depois, passando pelo mesmo
lugar, o pregador foi chamado à amurada do navio por ocasião da parada da
embarcação. Havia pessoas daquela ilha querendo falar com ele. Já na amurada do
navio, o ministro reconheceu os três pescadores daquele feliz encontro que
tiveram na praia. Ele os cumprimentou e perguntou do que precisavam, e os
pescadores lhe disseram: "Pastor, nos ensine aquela linda oração que o
senhor recitou, pois nós a esquecemos e não conseguimos mais falar com
Deus". Entendendo a seriedade de sua atitude, e da pureza daqueles
pescadores, o pastor disse: "Meus filhos, vão para suas casas e orem
assim: Nós somos três, vós sois três. Tende misericórdia de nós".
A lição aqui é: "Se eles não podem aprender da forma com a qual
ensinamos, nós ensinamos da forma com a qual eles aprendem". Essa é uma
forma inovadora de pensar no ensino, e com certeza reflete a necessidade que os
professores têm de alcançar seus alunos de uma forma que eles consigam entender
o que foi ensinado. Para a mulher Samaritana, Jesus pediu água e depois lhe
ofereceu a Salvação. Ao homem rico, que guardava a lei de Moisés desde a sua
mocidade (provavelmente essa expressão não nos permite chamá-lo de jovem
rico...).
Jesus orientou que se desfizesse de seus bens para que, distribuindo-os
aos pobres, e após seguir Jesus, tivesse um tesouro nos céus. Para cada pessoa
com quem o Mestre se encontrou, Ele tinha um método próprio para apresentar o
seu ensino.
V. MESMO QUE A UM ALUNO
Um professor não pode medir seu ministério pela quantidade de alunos aos
quais ministra. É evidente que os alunos hão de procurar um mestre que saiba
ensinar, que tenha graça de Deus para seu ministério, que se interesse pelos
alunos e torne palatáveis assuntos mais complexos. Entretanto, se tiver de, em
algum momento, ensinar a apenas um aluno, que o faça com a mesma excelência com
que ensina a uma classe com muitos alunos.
Jesus nos deu um exemplo interessante em uma conversa que teve com
Nicodemos, um líder judeu. Este foi procurar Jesus em particular, de noite; e
naquele diálogo, Jesus disse uma frase que se tornaria, com o passar do tempo,
um resumo de todo o plano de Deus para a humanidade: "Porque Deus amou o
mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigénito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Essas palavras do
Senhor, que passariam os séculos, não foram ditas a uma multidão no templo ou
no deserto da Judéia, mas em uma conversa informal e particular, a um homem que
falou-lhe à noite para não ser descoberto. Jesus deu a Nicodemos atenção
completa, como se este fosse o único na Terra a ser salvo.
Esse exemplo nos mostra que o ensino pode ser ministrado de forma
coletiva ou individualizada, mas independente da quantidade da audiência, é
preciso ter o ensino correto e a forma adequada para se repassar as verdades do
reino de Deus.
Que possamos fazer do ministério do ensino a nossa vocação, e por meio
dele participar do fortalecimento da igreja, tanto em nossas casas como no
templo. Que possamos entender que dons ministeriais são necessários à igreja, e
o dom de ensinar é tão importante quanto o de profetizar e pastorear. Que
possamos ver em nossas crianças a próxima geração de ministros, e incutir neles
a fé e a Palavra de Deus.
QUESTIONÁRIO
1- Explique as diferenças que existem entre a simples pregação da Palavra
de Deus e o ensino da mesma?
2- À luz da Bíblia, onde a educação cristã deve ter início? Cite pelo
menos um exemplo bíblico.
3- que o texto de Efésios 4.11,12 apresenta sobre dos ministeriais? E no
que consiste 0 ministério do ensino?
4- Todo método de ensino deve ser o mesmo ou é possível usar métodos
diferentes, conforme os tipos de aluno?
5- O ensino deve visar ao coletivo ou pode se dar também de forma
individualizada? Cite exemplos bíblicos.