
Paulo
baseia a sua certeza da salvação final no fato de que “Cristo morreu por nós” (Rm
5.9-10). Enquanto isto, os crentes gemem e sofrem durante a espera pela
redenção dos seus corpos, pois eles são “salvos em esperança” (8.23). Mas eles
têm a ajuda do Espírito (Rm 8.26-27) até à consumação final da obra da salvação
(Rm 13.11).
I. AS TRÊS PARTES DA SALVAÇÃO
Não é
inapropriado pensar nela como tendo três partes, em relação ao passado, ao
presente e ao futuro.
Quanto ao passado, o crente
pode dizer, “eu fui salvo”.
Ele foi
libertado da penalidade e da morte que são trazidos pelo pecado (Ef 2.1-10).
Quanto ao presente, ele pode
dizer, “eu estou sendo salvo” (1 Co 1.18, RSV). Com a graciosa ajuda do
Espírito Santo, ele está “trabalhando”, ou “desenvolvendo”, a sua salvação (Fp
2.12- 13).
Quanto ao futuro, ele pode
dizer, “eu serei salvo” (5.9-10; 13.11). Ele está antecipando a ressurreição
final e a consumação de todas as coisas (1 Co 15.19-26).
“A salvação
é da penalidade, do poder, e da presença do pecado. E a Justificação, a Santificação,
a Glorificação”. É no seu sentido mais abrangente que Paulo aqui fala do
evangelho como o poder de Deus para salvação. Paulo sabe que uma obra foi posta
em movimento, e permanecerá em movimento. “Tendo por certo isto mesmo...” ele
escreveu aos Filipenses,"... que aquele que em vós começou a boa obra a
aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo” (Fp 1.6).
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II.
A SALVAÇÃO PARA JUDEUS E GREGOS (Rm 1.16)
Primeiro do
judeu e também do grego ressalta a verdade de que a salvação de Deus é um
presente totalmente gratuito. Tanto o judeu quanto o grego devem satisfazer as
mesmas condições.
Ninguém
deve pensar que o evangelho é somente para os gregos, enquanto os judeus devem
encontrar a sua salvação por meio da lei. “Nem mesmo Abraão foi justificado
pela lei.
Agora que a
promessa está cumprida em Cristo, ela se aplica ‘primeiro ao judeu’, mas isto
não quer dizer, de maneira alguma, que não se aplique aos gentios... o judeu,
realmente ‘primeiro o judeu’, é chamado pela promessa de receber a nova justiça
que Deus profere através de Cristo.
Mas o
gentio é chamado de maneira igualmente verdadeira. Nenhum tem preferência sobre
o outro”.
LEIA TAMBÉM:
III.
O SIGNIFICADO DE SALVAÇÃO
1.
Definições.
A doutrina
bíblica da salvação é tecnicamente chamada de soteriologia. Entendida de forma
ativa, a salvação é a obra completa de Deus que consiste em trazer homens do
estado de pecado ao estado de glória através de Jesus Cristo.
Vários
termos que designam a salvação ocorrem frequentemente ao longo da Bíblia
Sagrada.
No Antigo
Testamento, a raiz mais importante em hebraico é yasha',
que significa Liberdade daquilo que prende ou restringe. Portanto, o verbo
significa soltar, liberar, dar comprimento e largura a algo ou a alguém.
Os vários
substantivos derivados desta raiz significam tanto o ato de libertar quanto o
de resgatar (1 Sm 11.9), além de transmitir o estado resultante de segurança,
bem estar, prosperidade (2 Sm 23,5; Sl 12.6) e de vitória sobre os adversários
(2 Sm 23.10,12; Sl 98.1).
No Novo
Testamento o verbo grego sozo
e seus cognatos, soter, “salvador" e soteria, “salvação”, geralmente traduzem yasha‘ e seus respectivos substantivos.
No NT, o
termo soteria só é encontrado em conexão com
Jesus Cristo como Salvador, e não em qualquer sentido físico ou temporal.
A salvação
traz a justiça de Deus para o homem, quando este cumpre a condição de ter fé em
Cristo (Rm 1.16,17; 1 Co 1.21). A salvação baseia-se na morte de Cristo para a
remissão dos pecados de acordo com os justos requisitos de um Deus santo e
abençoador (Rm 3.21-26).
Em suma.
Salvação (gr. soteria) significa “livramento”, “chegar à meta final com
segurança”, “proteger de dano”. Já no Antigo Testamento, Deus revelou-se como o
Salvador do seu povo (Êx 15.2; Sl 27.1; 88.1; ver Dt 26.8 nota; Sl 61.2; Is
25.6; 53.5).
A salvação
é descrita na Bíblia como “o caminho”, ou a estrada através da vida, para a
comunhão eterna com Deus no céu (Mt 7.14; Mc 12.14; Jo 14.6; At 16.17; 2Pe
2.21; At 9.2; 22.4; Hb 10.20).
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