Segundo a lenda, a
cidade de Roma foi fundada em 753 a.C. O rei Tarquínio foi expulso dela em 509
a.C., e a cidade transformou-se em uma república, governada por uma assembleia
do povo, um senado e dois cônsules que ocupavam o cargo por um ano. Em 206 a.C.
Roma governava a maior parte da Itália e iniciou a guerra contra Cartago.
Cartago foi destruída em 146 a.C. e Roma começou a estender seu domínio através
do Mediterrâneo.
Leia também Subsídios (CLIQUE) :
Os gregos deram ao
mundo ideias que têm ajudado a dar forma a sistemas governamentais, às
ciências, à medicina e às artes. O legado dos romanos é prático: caminhos,
aquedutos, sistemas de encanamento e de calefação central e, claro, os banhos.
São lembrados por seus “entretenimentos” públicos (corridas de carros puxados
por cavalos e sangrentas lutas de gladiadores) em anfiteatros como o grande
Coliseu de Roma.
O
Império Romano
Os romanos foram
controlando pouco a pouco o que restava do Império Grego. Corinto caiu em 146
a.C.; Atenas, em 86 a.C. No séc. I a.C., Júlio César se ocupou de tomar a
Gália, e Pompeu conquistou a Síria e a Palestina, ocupando Jerusalém em 63 a.C.
Os romanos
absorveram as ideias gregas; assim, tanto o idioma quanto a cultura e a
civilização dos gregos continuaram em vigência sob o domínio romano.
Em
27 a.C. acabaram os angustiantes anos de guerra.
Otávio assumiu o título de “Augusto” e tornou-se, de fato, o primeiro
governante do império. A “paz romana” que seguiu trouxe prosperidade e permitiu
viajar com segurança. Durante o reinado de Augusto nasceu Jesus (cf. Lc 2.1).
Vida na capital
Os ricos viviam
bem em Roma. Tinham grandes casas com colunas de mármore e belos mosaicos no
piso. As paredes estavam pintadas com afrescos. Gostavam de ir aos banhos ou
aos jogos e outros entretenimentos.
Uma ceia romana
podia constar de sete ou mais pratos, alguns muito luxuosos (p. ex., arganaz
recheado ou flamingo cozido). Os filhos dos ricos iam à escola: as mulheres a
uma (até a idade de 13 anos) e os homens a outra.
Os pobres viviam
desconfortavelmente em blocos de apartamentos mal construídos. Não tinham
encanamento nem sistema de calefação, e tinham que usar serviços sanitários
(vasos sanitários) e banhos públicos.
A
principal comida era pão ou papas de aveia, com
poucas ervas, azeitonas ou vegetais. Pretendia-se que os “entretenimentos”
fizessem os pobres esquecerem-se de seus sofrimentos.
Palestina sob ocupação romana
Os romanos
proporcionavam benefícios aos povos que governavam: lei e ordem, um governo
estável, excelentes estradas e bons edifícios públicos (oficinas, mercados,
banhos e estádios).
Contudo, na
longínqua Judéia, a maioria das pessoas estava pouco agradecida com seus
governantes romanos. Nunca puderam esquecer que eram um país ocupado.
Com quatro legiões
estacionadas na Palestina, havia romanos por toda a parte. E impostos: imposto
sobre a “renda”, imposto sobre a comida, imposto sobre a venda de terra ou
propriedades, direitos aduaneiros e imposto sobre as compras. Naturalmente, os
coletores de impostos (publicanos), que trabalhavam para o censor romano e que
viviam comodamente porque cobravam mais do que o devido, eram odiados. Mateus,
um dos discípulos de Jesus, foi um deles (Mt 9.9; cf. Lc 19.1-10).
O exército
A maioria dos
soldados romanos era formada de voluntários. Assinavam por 20 anos de serviço.
Usavam capacetes e couraças de ferro e tinham cravos de ferro em suas
sandálias.
Cada soldado
estava armado com uma espada e um dardo, e carregava um escudo comprido de
madeira coberta com couro. Muitos soldados eram designados a acampamentos
permanentes. Esperava-se deles que, em um dia de marcha, percorressem 29 Km ou
mais, carregando suas armas, suas ferramentas, sua comida e seus utensílios de
cozinha.
Os soldados eram
submetidos a treinamentos e disciplinas rigorosas. Uma tropa estava de guarda
na crucificação (Mt 27.27-37) e outra livrou Paulo de ser linchado (At
21.26-36).
O Novo Testamento
menciona várias vezes os capitães do exército, os “centuriões”, e sempre
favoravelmente (Mt 8.5-13; 27.54; At 10; 27.1,42-44).
Paulo percorre o império
A paz romana, os
caminhos e os meios de transporte tornaram possível que os cristãos levassem a
mensagem de Jesus por todo o leste do Mediterrâneo em poucos anos.
Paulo era cidadão
romano e usou deste direito para ser livrado do cárcere (cf. At 16.37-40).
Quando a justiça judaica falhou, Paulo apelou ao imperador. Foi levado a Roma
para ser julgado (At 25.11; 27–28). Todas as viagens de Paulo narradas em Atos,
e todas as suas cartas, têm como fundo o Império Romano.