Obs. Este
é um subsídio para a lição 11 deste 1° trimestre de 2016. Atenção!
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Nesta oportunidade
entenderemos o que é o juízo final - ou juízo do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).
E compreenderemos como se dará o julgamento e quem serão os julgados diante do
Grande Trono branco.
Depois que Satanás
é lançado no lago de fogo, um imenso trono branco aparece — é branco porque
irradia a santidade, majestade e glória de Deus (Ap 20.11). É o trono do
julgamento final de Deus. Todavia, aquele que se assenta no trono deve ser o
glorificado Rei dos reis e Senhor dos senhores, o nosso Senhor Jesus Cristo.
Ideias judaicas
populares em vigor nos dias do Novo Testamento não concebiam que o Messias
fosse o derradeiro Juiz do mundo, embora realmente esperassem que Ele tivesse
uma participação ativa na destruição do mundo pagão (SI 2.8,9). Não obstante,
Jesus disse: "O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo, para
que todos honrem o Filho, como honram o Pai" (Jo 5. 22,23; Jo 5.27).
I.
JULGAMENTO DO GRANDE TRONO BRANCO
2.
O juízo do Grande Trono Branco (20.11-15).
Ele é assim
chamado devido às palavras do versículo 11: "um grande trono branco".
A Bíblia se refere a muitos juízos e uma maneira de identificar este de que
estamos tratando é através das palavras do versículo 11.
É o juízo dos
ímpios mortos desde o tempo de Adão. Parece que os justos da época milenial não
morrerão, porque neste juízo, ao findar o Milênio, só os mortos (ressuscitados)
comparecerão.
2.
Os julgados.
Apocalipse 20.12.
"Vi também os mortos, os grandes e
os pequenos..." pequenos e grandes aí, tem a ver com importância,
posição, prestígio, e não com tamanho ou idade, à luz do original.
"Conforme o que se achava escrito nos livros". São os livros dos atos
dos homens. Nada que se passa, deixa de ser registrado ali. Certamente isto é
parte do ministério dos anjos. "Vi os mortos". Estarão ali
ressuscitados, com o mesmo corpo que tinham quando morreram. Isto é mais uma
prova de que a morte não é o fim de tudo. É apenas o fim da vida do corpo aqui
na terra, mas a vida continua no Hades, onde estavam estes mortos.
Em pé diante do
trono estarão todos os mortos, "grandes e pequenos", isto é, sem
considerar seu status na vida terrena. (Neste grupo, não estão incluídos os
mencionados em Apocalipse 20,4, pois já foram ressuscitados com novos corpos
que não podem mais morrer ou definhar.)
a)
Grandes e pequenos serão ressuscitados para serem julgados.
Nessa ocasião, os
ímpios falecidos de todas as épocas ressuscitarão com seus corpos literais e
imortais, porém carregados de pecado. (Ler Mateus 10.28 e Apocalipse 20.11-l
5.) Esse julgamento é para aplicação das sentenças, pois o pecador já está condenado
desde quando não creu no Filho de Deus como seu Salvador. "Quem nele crê
não é julgado; o que não crê já está julgado; porquanto não crê no nome do
Unigênito Filho de Deus" (Jo 3.18).
Visto que a
ressurreição é corpórea, essas pessoas terão algum tipo de corpo, mas não será
como o corpo da ressurreição dos crentes, pois os descrentes, por causa de sua
natureza pecaminosa, só podem ceifar destruição (gr. pbtboran,
"ruína", "corrupção"). Eles sairão dos túmulos (Dn 12.2; Jo
5.28,29) e serão julgados peias obras (anotadas em registros divinamente
mantidos, nos quais sem dúvida estará inclusa a sua rejeição a Jesus e submissão
a Satanás, além de seus pecados públicos e particulares).
Quanto aos que
morreram sem conhecer o evangelho, deixemos com Deus. Sendo Deus perfeito em
justiça como é, terá uma lei para julgar os que pecaram sem lei, isto é, sem
conhecerem a Lei (Rm 2.12).
De
uma coisa estejamos certos:
Diante
de Deus ninguém é inocente, inclusive os pagãos.
(Ler Romanos 2.15;
10.18 c/c Jó 12.7-9; Salmo 19.3,4; Isaías 6.3b.) O Juiz de toda a terra saberá
fazer justiça (Gn 18.25). Ele é o juiz dos que morreram (At 10.42). Nós é que não
temos o direito de julgar a quem quer que seja (Rm 14.4). Só Ele é o reto juiz
(Dt 32.4; 2 Tm 4.8).
A Bíblia assegura que
o juízo de Deus é segundo a verdade (Rm 2.2), e que seus juízos são
"verdadeiros e justos" (Ap 16.7).
b)
A abertura dos livros.
Os livros do Céu
serão abertos. Os mortos serão julgados pelo que está escrito nos livros:
"Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença
fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles". "Vi também
os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então se abriram
livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram
julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros"
(Ap 20.11,12).
Nessa ocasião, o
Livro da Vida também será aberto, provavelmente como prova de que seus nomes
não estão ali. Quer dizer, Jesus fará mais do que sentenciar os ímpios. Ele
dará respostas a questões no que respeita à qualidade da graça, retidão,
justiça, cuidado, paciência e amor de Deus, tudo em contraste com a base da ira
de Deus contra o pecado e o mal.
Como ressalta
Charles Ryrie: "Este julgamento não é para verificar se deverá ser o céu
ou o inferno o destino final daqueles que são julgados; é um julgamento para
provar que o inferno é o destino merecido". Então, com o lançamento da
morte e do inferno no lago de fogo, a justiça de Deus finalmente triunfará, e a
justiça e a paz serão estabelecidas para sempre nos novos céus e na nova terra.
c)
Duas classes de seres.
Duas classes de
seres, ali serão julgados: “...os grandes” (os anjos caídos). 2Pd 2.4; Jd v.6,
e os “...pequenos” (os homens em sentido geral). Sl 8.5; Hb 9.27. Todos ali
“...postos em pé” diante do trono. Fica assim subentendida no expressivo a
“segunda ressurreição”, isto é, dos incrédulos (Ap 20.5).
d)
O julgamento e os livros do Céu.
"Então se
abriram os livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos
foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros"
(Ap 20.12).
Alguns
desses livros devem ser:
1) O livro da
consciência (Rm 2.15; 9.1).
2) O livro da
natureza (Jó 12.7-9; SI 19.1-4; Rm 1.20).
3) O livro da Lei
(Rm 2.12). Ora, a Lei revela o pecado (Rm 3.20).
4) O livro do
Evangelho (Jo 12.48; Rm 2.16).
5) O livro da
nossa memória (Lc 16.25: "Filho, lembrate..."; Mc 9.44 - aí deve ser uma
alusão ao remorso constante no Inferno). (Ver o contexto: vv. 44-48 e Jeremias 17.1.)
6) O livro dos
atos dos homens (Ml 3.16; Mc 12.36; Lc 12.7; Ap 20.12).
7) O livro da vida
(SI 69.28; Dn 12.1; Lc 10.20; Fp 4.3; Ap 20.12).
A presença do
livro da vida nessa ocasião é certamente para provar aos céticos que estão
sendo julgados que seus nomes não se encontram nele. (Ler o incidente de Mateus
7.22,23).
3.
As obras serão jugadas.
“Foram julgados, um por um, segundo as suas
obras” (Ao 20.13). Este julgamento não é coletivo, mas individual. Não
haverá injustiça; primeiro, porque o Juiz é perfeito em justiça; segundo,
porque o julgamento será conforme as obras de cada um. Assim sendo, o grau de
castigo de cada um variará.
II.
OBJETIVOS DO JULGAMENTO FINAL
O pastor
Claudionor de Andrade, em 2004, nos apresentou ao menos três objetivos para a
existência do juízo final. Vejamos.
1.
Mostrar que a justiça de Deus deve ser observada e acatada por todos.
Quando intercedia
por Sodoma e Gomorra, indaga Abraão ao Senhor: “Não faria justiça o Juiz de
toda a terra?” (Gn 18.25). Esta mesma pergunta é feita ainda hoje por milhões
de seres humanos inconformados com a situação a que este mundo chegou. No
Julgamento Final, contudo, mostrará Deus que a sua justiça haverá de prevalecer
de forma absoluta tanto sobre os vivos como sobre os que já tiverem morrido.
Nosso Deus não compactua com a impunidade.
2.
Punir os que rejeitaram a Cristo Jesus e sua tão grande salvação.
Os que aceitam a
Cristo Jesus são automaticamente justificados pela fé diante de Deus. Todavia,
aqueles que rejeitam a sua justiça, hão de ser lançados no lago de fogo (Ap
20.15; Mt 25.41). Jamais entraremos nos céus fiados em nossa justiça que, aos
olhos de Deus, não passa de trapos de imundície (Is 64.6).
3.
Destruir a personificação do mal.
Afirma Paulo aos
irmãos de Corinto que iremos julgar os anjos: “Não sabeis vós que havemos de
julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1 Co 6.3). O
apóstolo refere-se, logicamente, aos anjos que acompanharam o ungido querubim
em sua estúpida rebelião contra Deus; aos tais reservou o Senhor o lago de fogo
(Mt 25.41). E, assim, estará sendo destruída, de uma vez por todas, a
personificação do mal. Aliás, o Diabo há de ser lançado no eterno tormento
antes mesmo da instauração do Julgamento Final (Ap 20.10-12).
III.
O DESTINO DOS CONDENADOS DIANTE DO GRANDE TRONO BRANCO
A Palavra de Deus
afirma que todos os que não forem achados no Livro da Vida, serão lançados no
lago de fogo e vão experimentar a segunda morte. Estes estarão eternamente
separados de Deus.
1.
O Lago de Fogo.
É este o lugar
onde o bicho não morre e o fogo nunca se apaga. (Mc 9.46). “A palavra hebraica
que descreve este lugar, como no Antigo Testamento, é “Tofete” (Is 30.33; Jr
7.31-32). Mas a palavra grega é “Geena” (Mt 5.22, 29, 30; 10.26; 23.14, 15,
33).
“Geena” refere-se
literalmente ao “Vale do filho de Himom”, vale, este, fora da cidade de
Jerusalém que servia de Monturo da cidade e onde queimavam seus filhos em
sacrifícios a Moloque, o deus pagão. Jesus empregou o termo “Geena” 11 vezes,
sempre no sentido literal. Ali sempre havia fogo aceso, servindo desta maneira
para figurar o Lago de Fogo que arde eternamente.
A palavra
encontra-se em Mt 5.22, 29, 30; 23.15, 33; Mc 9.43, 45, 47; Lc 12.5; Tg 3.6. Em
cada caso, com exceção do último, a palavra sai dos lábios do Senhor Jesus em
solene aviso das consequências do pecado. Ele descreve como o lugar onde o seu
bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. A expressão é idêntica à que temos
aqui: “o lago de fogo”.
O julgamento dos
mortos ímpios, será de acordo com as obras de cada um, portanto, haverá
diferentes graus de castigo. (Ler Mateus 11.21-24; Lucas 12.47,48; Apocalipse
20.12.)
2.
O envio para o lago de fogo será para sempre.
Deus fez todos os
seus esforços para dar à humanidade todas as oportunidades possíveis para o
arrependimento, mas este último ato final de rebelião, depois de mil anos de
bênção [o Milênio] marcará o final da sua paciência. E todos os que rejeitarem
a Cristo como Senhor serão condenados ao lago de fogo” (LAHAYE, Tim.
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008,
p.289).
IV.
PERGUNTAS CURIOSAS
1)
Como serão julgados aqueles que morreram sem ouvir o Evangelho?
Essa pergunta
quando dentro da lógica da visualização do homem pode ultrapassar qualquer possibilidade
de entendimento da mente humana. Mas é evidente que, Deus tem falando e vem
falando ao homem de “muitas maneiras” (Hb 1.1). Paulo diz que o Evangelho foi
“pregado a toda criatura que há debaixo do céu” (Cl 1.23). Deus pode alcançar
através de seus métodos a todos os homens; vejamos alguns dos métodos de Deus:
(a) DEUS fala
através do Universo: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento
(“anuncia”) a obra das suas mãos... Sem linguagem, sem (“fala”), ouvem-se as
suas vozes, em (“toda a extensão da terra”), e as suas palavras até ao fim do
mundo”. Sl 19.1-4:
(b) DEUS fala
através da percepção: “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles (nos
homens) se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas
invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder... se entendem,
e claramente se (“vêem”) pelas coisas que estão criadas, para que eles (os
homens) fiquem inescusáveis”. Rm 1.19-20:
(c) DEUS fala
através da consciência: “Porque, quanto os gentios, que não têm lei, fazem
naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são
lei. Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando
juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, que acusando-os, quer
defendendo-os; no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por
Jesus Cristo”. Rm 2.14-16:
(d) DEUS fala
através da vida dos animais: “Mas, pergunta agora às alimárias, e cada uma
delas to ensinará; às aves dos céus, e elas to farão saber; ou fala com a
terra; e elas to ensinará até os peixes do mar to contarão. Quem não entende
por todas estas coisas que a mão do Senhor fez isto?”. Jó 12.7-9:
(e) DEUS fala
através dos meios geográficos: “...Deus anuncia agora a (“todos os homens”), e
em (“tudo o lugar”), que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que
com justiça há de julgar o mundo...”. At 17.30-31:
(f) DEUS fala
através dos sonhos: “Antes Deus fala uma e duas vezes, porém ninguém atenta
para isso. Em sonho ou visão de noite, quando cai sono profundo sobre os
homens, e adormecem na cama. Então (“abre os ouvidos dos homens”), e lhes sela
a sua instrução. Para apartar o homem do seu desígnio, e esconder do homem a
soberba; Para desviar a sua alma da cova, e a sua vida de passar pela espada”.
Jó 33.14-18:
(g) DEUS fala
através dos anjos: “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho
eterno, para o proclamar (“aos que habitam sobre a terra”), e a toda a nação, e
tribo, e língua, e povo”. Ap 14.6:
(h) DEUS fala
através de seu Filho: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de
muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias
pelo Filho”. Hb 1.1:
(i) DEUS fala
através de sinais e milagres: “Testificando também Deus com eles, por sinais, e
milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo...”. Hb 2.4a.
Perguntamos agora: havendo Deus falado tanto e de muitas maneiras, chegará
alguém inocente diante do Grande Trono Branco? (Êx 34.7). Segundo se depreende
do significado do pensamento, aqueles que não viveram de acordo com a (“FÉ”).
Rm 4.5-6; Hb 10.38; serão ali julgados de acordo com as (“OBRAS”). Jn 3.10.
Deixemos o assunto com o Senhor – O Justo Juiz (Dt 29.29; Rm 4.15).
2)
Como se dará o julgamento final?
O Julgamento Final
terá início logo após o Milênio. O Apocalipse mostra que, terminados os mil
anos, Satanás será temporariamente solto, e sairá a seduzir as nações, buscando
induzi-las a se revoltarem contra o Cristo de Deus. Mas eis que sairá fogo do
céu, e destruirá por completo os que se houverem levantado contra o Senhor (Ap
20.7-10).
Em seguida, terá
início o Julgamento Final, que o Livro de Apocalipse descreve de forma vívida:
“E vi um grande
trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra
e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos,
que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro,
que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas
nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a
morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um
segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo.
Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi
lançado no lago de fogo” (Ap 20.11-15).
3)
Quem terá de prestar contas ao justo Juiz?
Vejamos todos que
serão julgados:
1) Primeiro serão
julgados todos os que, desde Caim, amam e praticam a iniquidade. Estes, se não
se arrependerem de seus pecados, vão enfrentar o Juízo Divino;
2) Também serão
julgados todos os que estiverem vivos naquela ocasião;
3) Todos os salvos
que tiveram morrido durante o Milênio (Dn 12.2);
4) Os anjos
caídos, que se rebelaram contra Deus, também terão de comparecer ao julgamento
para receber o seu castigo (Jd 6).
Também vão prestar
contas a Deus todos os falsos profetas, os falsos obreiros e pseudopastores que
afastaram as pessoas e as impediram de conhecer o Filho de Deus. Ali estarão
também todos os governantes, magistrados, juízes e políticos que aprovaram leis
contra os princípios divinos, leis que perverteram o direito dos pobres, dos
órfãos e das viúvas. Vivos ou mortos, estes não escaparão do tribunal divino.