22 de Maio de 2016
TEXTO
ÁUREO:
"Porque
dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele
eternamente. Amém!" (Rm 11.36)
VERDADE
PRÁTICA:
A
eleição da graça é formada no presente por gentios e judeus nascidos de novo,
bem como, no futuro, pela conversão da nação de Israel.
LEIA
TAMBÉM:
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 9.1 –
3 - Paulo estava disposto a se sacrificar em favor da conversão dos judeus
Terça – Rm 9.4 -
Os israelitas não mereciam a salvação, mas Deus os adotou como filhos
Quarta – Rm 9.6,7
- Todos os que confiam no sacrifício de abençoadas
por intermédio
Quinta – Rm 2.29
- A verdadeira circuncisão ocorre no interior, isto é, no coração e espírito
Sexta – Gl 3.7 -
Todos os que creem em Jesus Cristo são filhos de Abraão
Sábado – Gl 3.8 Todas
as nações da Terra seriam abençoadas por intermédio de Abraão
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 9.1-5; 10.1-8; 11.1-5
HINOS SUGERIDOS: 1,290,310 da HARPA
CRISTÃ
OBJETIVO GERAL
Compreender
a "sorte" de Israel no plano da salvação.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS:
Mostrar
a eleição de Israel dentro do plano da redenção;
Analisar
o tropeço de Israel dentro do plano da redenção;
Explicar
a restauração de Israel dentro do plano da redenção.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, no decorrer da lição ressalte a soberania de Deus na
história da redenção. Mostre que os israelitas foram escolhidos pelo Senhor
para receberem o Messias, independente das obras dos patriarcas. Contudo, Deus
não queria trazer somente favores e privilégios para os judeus, mas Ele
desejava, por intermédio deles, abençoar todas as famílias da terra. Israel não
compreendeu essa verdade, nem o plano da redenção de Deus, rejeitando o
Salvador. Os judeus acreditavam que por serem descendentes de Abraão e ser
também o "povo escolhido de Deus", não necessitavam de salvação. Eles
rejeitaram o Messias, porém, Deus não os rejeitou e por sua misericórdia fez
com que nós, "zambujeiros", fossemos enxertados na oliveira (Rm
11.17).
O Israel de hoje, segundo Lawrence Richards, "a comunidade
da aliança escolhida por Deus, é composta de gentios bem como de Judeus que creem
nas promessas de Deus sobre Jesus".
PONTO CENTRAL
Deus tem um plano especial para
com Israel.
INTRODUÇÃO
Paulo
discorreu a respeito da Doutrina da Salvação nos capítulos l a 8 da Epístola
aos Romanos. Veremos nesta lição que nos capítulos 9,10 e 11, ele abre um
parêntese para tratar a respeito da "sorte de Israel" no plano da
salvação. Aprendemos com estes capítulos que Deus tem um plano especial para
com Israel e que a rejeição deles é apenas temporária até se cumprir a
plenitude dos gentios, quando todo o Israel será salvo.
I - A ELEIÇÃO DE ISRAEL DO
PLANO DA REDENÇÃO (Rm 9.1-29)
1. O anseio de
Paulo e a incredulidade de Israel.
O
apóstolo deixa explícito a elevada estima que possuía por seus compatriotas.
Ele abre o seu coração para expressar seus sentimentos em relação ao seu povo
(Rm 9.1-5). Ele desejava que todos, assim como ele, entendessem o plano
perfeito da salvação revelado em Jesus Cristo. Esse desejo de Paulo se
intensifica quando ele lembra os crentes romanos de que aos judeus foi dada a
adoção, a glória, os pactos, a Lei, o culto e as promessas. Paulo também os faz
recordar que deles (dos judeus) também descendem os patriarcas e o próprio
Cristo! Mas, apesar de todas essas bênçãos, o entendimento do povo judeu
continuava, e continua, endurecido.
2. Os eleitos e as promessas de Deus.
O
argumento de Paulo em Romanos 9.6-13 revela que as promessas de Deus relativas
à nação de Israel não falharam, mesmo que a maioria deles as tenha rejeitado.
As
promessas terão seu fiel cumprimento através dos judeus remanescentes, dos
gentios que abraçaram a fé e do Israel que será restaurado no futuro. Essa
porção das Escrituras é uma das mais debatidas entre os teólogos. As posições
se polarizam quando o debate é entre determinismo e livre-escolha. Todavia,
Paulo não está se referindo a eleição individual, mas coletiva. O exemplo dos
irmãos Jacó e Esaú, dado para ilustrar o argumento do apóstolo, deixa isso evidente (Rm 9.10-13).
A citação que Paulo faz de Jacó e Esaú nesse texto, é tirada do livro do profeta
Malaquias 1.2-4. Basta uma olhada nessas passagens para ver que o profeta não estava se referindo às pessoas ou aos indivíduos "Jacó" e "Esaú", que nessa época já haviam morrido há muito tempo, mas a grupos ou
povos. Isso é demonstrado em Malaquias 1.4,
onde Esaú é identificado com Edom, um povo e não um indivíduo. Fica, portanto, evidente à luz desse contexto que a
predestinação é corporativa, isto é, de um grupo, povo, ou nação, e não de pessoas.
3. Eleição, justiça e soberania de Deus.
Nos versículos 14 a 29, do mesmo
capítulo nove, Paulo responde as indagações sobre a justiça de Deus e sua soberania. Deus não poderia ser acusado de ter sido
injusto com Israel por eles se acharem no estado em que se encontravam. Paulo
toma Faraó para exemplificar sua argumentação. O apóstolo afirma que o endurecimento
do coração de Faraó ocorreu quando este resistiu à vontade de Deus (Êx 7.14,22; 8.15,32; 97). Da mesma
forma, Israel foi endurecido porque não aceitou a justificação que lhe foi dada através de Jesus Cristo.
O exemplo
extraído da
metáfora do vaso do oleiro serve para
fundamentar mais ainda a argumentação em favor da justiça e da misericórdia de Deus. O argumento determinista que vê os "vasos de ira" e
"vasos de misericórdia", como sendo uma referência aos salvos e condenados, cai
diante da exposição do próprio texto. Deus suportou os
vasos da ira e eles se tornaram, por si mesmos, objetos da ira de Deus; mas os
vasos de misericórdia participarão da glória de Deus, através da fé, pela graça de Deus, e não como resultado das suas próprias obras.
SÍNTESE DO TÓPICO l
Deus em sua justiça e soberania escolheu a Israel para fazer parte do
seu plano redentivo.
SUBSÍDlO BIBLIOLÓGICO
A Tristeza de Paulo (19.1-3)
Nestes versículos o apóstolo Paulo declara seu amor por sua gente, os judeus.
Ele começa declarando: 'Em Cristo digo a
verdade, não minto*. Visto que era conhecido
como judeu zeloso, sua conversão a Cristo o torna antipático para os judeus,
que o viam como 'um traidor de sua gente". Entretanto, Pau¬lo garante que
seus sentimentos são sinceros e que sua consciência tinha o testemunho do
Espírito Santo (v.l). Esse texto mostra que sua consciência agia sob a
orientação iluminada do Espírito Santo.
No
versículo 2, Paulo ainda declara dizendo: "Que tenho grande tristeza e
contínua dor no meu coração'. É uma expressão de profundo sentimento de amor e
respeito pela sua gente, e não de traição. Â despeito da hostilidade dos judeus
contra a pregação do Evangelho e contra a sua pessoa, Paulo diz que, se fosse
possível ele mesmo ser separado de Cristo, para salvar "seus parentes
segundo a carne*, ele o faria por amor a eles, Essa linguagem é bem típica de
quem ama profundamente e é capaz de dar a sua vida para salvar outras.
Por que
essa tristeza de Paulo para com seus irmãos de sangue? A resposta é simples e
objetiva; o repudio do povo judeu para com Jesus Cristo, Sua tristeza tem duas
razões específicas: Primeira, Paulo declara que os judeus são seus
'parentes" segundo a carne, mas não querem ser seus irmãos segundo o
espírito, Segunda, pelo fato de que os judeus, possuindo privilégios especiais
como nação, rejeitaram o 'privilégio maior, que é a salvação em Cristo"
(CABRAL, Elienai Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus, 5*ed» Rio de Janeiro:
CPAD, 2005, p,104).
VOCÊ SABIA?
* Israel
"Paulo, ao falar de Israel, faz
uma distinção entre descendentes de Abraão e membros da
comunidade da aliança. A verdadeira comunidade da aliança sempre foi
formada não de filhos naturais de Abraão, mas espirituais,
que têm o mesmo padrão de fé. Ao apresentar
esse argumento, Paulo lança um fundamento que o habilita a argumentar com segurança que o Israel de
hoje, a comunidade da aliança escolhida por
Deus, é composta de gentios bem como de judeus que crEem nas promessas de
Deus sobre Jesus, seu Filho." Para conhecer mais leia Guia do Leitor da
Bíblia, CPAD,p.745.
II - O TROPEÇO DE ISRAEL DENTRO DO PLANO DA (Rm 9.30-10.21)
1. Tropeçaram em Cristo.
Partindo do
princípio de que a igreja de Roma era
formada em sua maioria por gentios, a parte judaica teria dificuldade de entender porque os gentios haviam sido aceitos por Deus enquanto a maioria
dos judeus não.
Paulo
argumenta que o tropeço de Israel se deve ao fato de não terem crido em Jesus, o Messias
prometido (Rm 9.30-33). O que deveria ser solução para eles tornou-se em tropeço. Por outro lado, os gentios, ao
crerem na graça de Deus, foram justificados,
visto que a sua justificação veio em decorrência da fé e não dos seus méritos.
2. Tropeçaram na lei.
Nesse
ponto, o apóstolo realça algo que eleja vinha
argumentando desde o capítulo 3. Os judeus, ao buscarem a
sua justiça própria através da Lei, acabaram por rejeitar a
justiça de Deus que vem através de Jesus Cristo (Rm 10.1-4).
Querer agradar a Deus, seguindo os preceitos da Lei, era andar na direção errada, visto que Cristo é o fim da lei (Rm 10.4).
3. Tropeçaram na Palavra.
O evangelho
de João já havia mostrado que Jesus veio para o que era seu,
mas que os seus não o receberam (Jo 1.12). Aqui
Paulo mostrará que a rejeição de Israel aconteceu, não por falta de aviso, mas porque
não quis ouvir aquilo que Deus
havia planejado para ele. Endureceram seus corações e tropeçaram na Palavra (Rm 10.14-21). Por outro lado, os
gentios responderam positivamente a essa mesma Palavra e, por isso, foram
aceitos.
SÍNTESE DO TÓPICO II
O tropeço de Israel não
invalidou o plano de redenção de
Deus para com o seu povo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"A rejeição judaica da justiça pela fé em Deus abriu um
numero muito grande de gentios a serem enxertados na árvore enraizada na
antiga aliança de Deus com Abraão. Esta não deveria ser
objeto de orgulho gentio, mas de advertência. Nunca abandone
o princípio de salvação pela graça através da fé" (RiCHARDS,
Lawrence O, Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Génesis a Apocalipse
capítulo por capítulo, lO.ed Rio de
Janeiro: CPAD, 2012, p.747).
III- A RESTAURAÇÃO DE ISRAEL DO PLANO DA REDENÇÃO (Rm 11.1-32)
1. Israel e o remanescente.
Os teólogos chamam a atenção para a importância que a doutrina de um "remanescente"
possui dentro da cultura judaica (Rm 11.1-10). De fatof os profetas
que se levantaram contra a apostasia e o formalismo religioso acreditavam que
Deus tinha uma reserva formada por aqueles que eram fiéis (Am 2.12; 5.3; Is 1.9; 6.9-13;
Sf 3-12,13; Jr 23.3).
Em
Romanos 11.1-10, Paulo, que se considerava um dos remanescentes, cita o exemplo
de Elias. Para Paulo, da mesma forma que Elias se manteve fiel no meio do
Israel apóstata, assim também havia um remanescente que se
mantinha fiel através de Jesus Cristo.
2. Israel e o enxerto gentílico.
Israel não conseguira entender que o plano
de Deus para a salvação incluía também os gentios (Is 9.6). Tropeçaram ao não aceitarem a justiça de Deus manifestada em Jesus
Cristo. Foi graças a esse tropeço, argumenta Paulo, que os
gentios entraram como um enxerto no plano da salvação. Os gentios, portanto, não deviam assumir uma posição de orgulho, mas de temor. Eles
não eram os ramos naturais, mas
faziam parte da "oliveira brava" (Rm 11.11-24). Se Deus não havia poupado os ramos
naturais, muito menos pouparia os ramos enxertados.
Fonte: Lições
Bíblicas de Adulto - CPAD
3. Israel e a restauração futura (11.25-32).
Embora
Paulo se entristecesse com a situação espiritual de seus compatriotas judeus, a sua
posição em relação a eles é de esperança e não de desespero (Rm 11.25-32).
Paulo estava convencido de que no futuro Israel será salvo. Para ele, isso terá seu cumprimento quando se
completar a "plenitude dos gentios".
A rejeição dos judeus trouxe a justificação ao mundo gentílico. Quando Deus cumprir seu
propósito para com os gentios cumprirá também suas promessas de restauração para todo o Israel.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Deus não rejeitou Israel, e todos que creem na graça de Jesus Cristo serão restaurados.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Gentios e judeus (11.11-21)
A rejeição judaica da justiça pela fé em Deus
abriu espaço para um número muito grande de gentios a
serem enxertados na árvore enraizada na antiga aliança de Deus com Abraão. Esta não deveria ser objeto de orgulho
gentio, mas de advertência. Nunca abandone o princípio de salvação pela graça através da fé.
Todo o Israel será salvo (11,25,26)
Paulo lança seus olhos ao passado para as promessas feitas a
Israel por Isaías (59.20; cf. Jr 31). A conversão em massa de gentios a Cristo não significa que Deus repudiara
as palavras dos profetas do Antigo Testamento Somente quando todos os gentios forem convertidos é que o foco da história voltará a se concentrar em Israel (11.29)"
(RiCHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Génesis a Apocalipse capítulo por capítulo, 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD 2012,
p.747).
CONCLUSÃO
Como vimos, os capítulos 9 a 11 de Romanos demonstram a soberania de
Deus na história da redenção. Revela que o propósito de Deus concernente à eleição jamais poderá ser frustrado. Diante disso, a
atitude deve ser de temor, não de jactância.
A história de
Israel, seu antigo povo, bem como a inclusão dos gentios no plano da salvação, mostra que Deus respeita as
escolhas, mesmo que estas se revelem danosas para aquele que as fez. Em todo
caso, o arrependimento e a fé são os caminhos que darão acesso ao portão da graça de Deus.
PARA
REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
• Os patriarcas e o Cristo
descendiam de que povo?
Os patriarcas e o próprio Cristo descendiam dos judeus.
• As promessas de Deus em relação a Israel falharam com a rejeição deles?
As promessas de Deus relativas à nação de Israel não falharam, mesmo que a maioria deles as tenha
rejeitado.
• Segundo a lição, por que Israel foi endurecido?
Israel foi endurecido porque não aceitou a justificação que lhe foi dada através de Jesus Cristo.
• Paulo se considerava um dos
remanescentes?
Sim, ele se considerava um dos remanescentes.
• Como os gentios passaram a fazer
parte do plano da salvação?
Como os judeus tropeçaram ao não
aceitarem a justiça de Deus manifestada em Jesus
Cristo, os gentios entraram como um "enxerto" no plano da salvação.
Fonte:
Lições Bíblicas de Adulto - CPAD