Atenção! Este conteúdo faz parte do curso 1
para professores da Escola Dominical. Acesse aqui o curso Completo.
Quando tratamos de
ministério e serviço cristãos, tomamos a liberdade de conceituar ministério
como o trabalho feito por pessoas dedicadas e preparadas teórica e praticamente
na pregação e ensino da Palavra e na gestão de recursos na Casa de Deus, vocacionadas
ao ministério pastoral ou de liderança na igreja local.
Entendemos como serviço
cristão o trabalho feito por pessoas leigas, voluntárias, que veem nesse
serviço a oportunidade de servir a Deus e ao próximo dentro de suas
qualificações não atreladas à liderança local.
Uma das
recomendações para o santo ministério é a aptidão para ensinar, como lemos em 2
Timóteo 3.2. A preparação do ministro exige que ele se envolva no ministério do
ensino. Nesse aspecto, a recomendação paulina recebe o seguinte comentário:
"This is the
one requirement in this list that is not necessarily
required of ali
believers. It is also not required of deacons. Thus, it is a distinguishing
skill required of the pastor/elder" ("Este é o único requisito nesta
lista que não é necessariamente obrigatório de todos os crentes. Também não é
exigida dos diáconos. Assim, é uma habilidade necessária à distinção do
pastor/presbítero" - tradução livre).
Por ser uma
instituição originada no século XVIII, não há uma citação à Escola Dominical
nas cartas pastorais do Novo Testamento, nem uma vinculação a que um pastor
frequente a Escola Dominical, mas percebe-se que a aptidão para ensinar é
obrigatória, e ela deve e pode ser desenvolvida na Escola Dominical. Se
desejamos treinar obreiros para o ministério ou para o serviço leigo, devemos
começar seu treinamento com a Escola Dominical.
Da mesma forma, o
serviço cristão deve e pode ser desenvolvido utilizando-se a Escola Dominical
como a primeira plataforma de treinamento. Uma pessoa não pode ministrar,
independente de seu ministério, se não estiver apta a fazê-lo. A Escola
Dominical é a melhor forma de capacitar pessoas a que sejam aptas ao ministério
do ensino. Ela desenvolve talentos, cria comunhão entre os alunos, proporciona
um ensino adequado a cada faixa etária e solidifica de forma uniforme o ensino
a todos os crentes da congregação.
Sobre a
importância da função discipuladora do ensino cristão, escreve o célebre
educador cristão norte-americano Howard Hendricks:
"Nenhum
cristão tem oportunidade mais promissora para o ministério do discipulado do
que o professor. Este tem uma audiência já feita (os alunos) com quem se
associa regularmente (quase todos os dias ou, pelo menos, semanalmente), uma
assistência composta de pessoas que olham para ele como fonte da verdade e guia
para relacionar essa verdade com a vida.
A meta de todo professor-discipulador
é capacitar seus alunos-discípulos a ficar cada vez mais semelhantes a Jesus
Cristo mediante o processo de ganhar almas e formar discípulos. O apóstolo
Paulo declara esse propósito nitidamente: 'A quem anunciamos, admoestando a
todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos
todo homem perfeito em Jesus Cristo' (Cl 1.28)".
Conclui Hendricks,
enfatizando: "Deus permite que todo professor crente tenha parte nesse
processo através do qual o Espírito Santo traz o aluno mais estreitamente em
conformidade com o Salvador, 'a varão perfeito [maduro], à medida da estatura completa
de Cristo' (Ef 4.13)".
ACESSE AQUI A PARTE 2 DESTE CURSO