Obs.
Revista de professor / Classe de Jovens
1° trimestre de
2016 / Editora: CPAD
TEXTO
DO DIA
“Porque, se nós, sendo inimigos, fomos
reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já
reconciliados, seremos salvos pela sua vida”(Rm 5.10).
SÍNTESE
A
justificação por meio da fé é acompanhada de muitos benefícios, o que motiva o
crente a manter sua fidelidade a Deus, independente das circunstâncias.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
– Rm 5.1 - A justificação e a paz com Deus
TERÇA
- Rm 5.2 - Firmes pela graça de Deus
QUARTA
– Rm 5.5 -A justificação proporciona gozo na alma
QUINTA-Rm
5.8 -A justificação nos garante esperança
SEXTA
- Rm 5.8 - A justificação assegura a certeza do amor de Deus por nós
SÁBADO
- Rm 5.11 A justificação certifica a nossa reconciliação com Deus
OBJETIVOS
MOSTRAR as bênçãos
da paz com Deus;
ANALISAR a bênção
do regozijo na tribulações;
EXPLICAR a bênção
da salvação passada e presente.
INTERAÇÃO
Esta lição é um marco na epístola aos Romanos. A justificação
traz consigo alguns benefícios que são concedidos por Deus, dentre estes
benefícios está a bênção do regozijo nas tribulações, o que pode parecer
contraditório para alguns.
Há quem diga que não é uma bênção, mas uma apologia ao
sofrimento. Por isso, a dificuldade de algumas pessoas lidarem com situações
adversas, às quais todas as pessoas inevitavelmente estão sujeitas. Jesus
afirmou que teríamos aflições (Jo 16.33). Um relato que alguns leitores da
Bíblia têm dificuldade de entender é que logo após a ascensão de Jesus, os
discípulos que foram perseguidos e maltratados pelo amor ao Evangelho se diziam
alegres e glorificavam a Deus por se acharem dignos de sofrerem por amor ao
nome de Jesus. Talvez, essa seja a maior dificuldade de aceitação para alguns,
as demais bênçãos são mais fáceis de aceitação e entendimento.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Sugerimos que nesta aula você separe três grupos. Cada grupo
ficará responsável para analisar um dos tópicos e você atuará como orientador
destes grupos. Nos grupos geralmente têm alguns líderes naturais que poderão
conduzir a conversa nos respectivos grupos, você pode designar os líderes ou
deixar que escolham entre si, o que seria mais apropriado.
A primeira atividade será o estudo de cada tópico pelos grupos,
você pode dar aproximadamente uns 15 minutos para a tarefa. Na sequência, cada
grupo deverá apresentar seu assunto, abrindo para os demais para uma ponderação
geral. Sugerimos utilizar algo em torno de 30 minutos para essa atividade. Você
deverá ser o moderador da turma e fazer as considerações finais. O tempo
sugerido serve apenas como referência, você deverá adaptar de acordo com o
tempo disponibilizado pela sua superintendência de Escola Dominical.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 5.1-11
INTRODUÇÃO
A
justificação se dá por meio da fé no poder regenerador da morte de Jesus.
A
partir deste momento, o cristão ressurge em novidade de vida de forma similar à
ressurreição de Cristo. A justificação elimina a culpa e reconcilia 0 ser
humano com Deus. Esta nova situação traz alguns benefícios, reforçados pelo
correto sentimento motivador do amor de Deus, que não envergonha o crente na
sua esperança e nem nos sofrimentos em nome dEle.
I - A BENÇÃO DA PAZ COM DEUS (Rm 5.1,2)
1. Paz com
Deus.
O
ímpio não tem paz porque vive na prática do pecado (Is 57.21; Sl 73.3).
Diferente da pessoa justificada, cujos pecados não lhe são mais imputados,
portanto reconciliada com Deus (2 Co 5.18,19). Esta reconciliação traz a paz
com Deus, pois o castigo ao qual estávamos condenados é imputado sobre Jesus,
que nos traz a paz (Is 53.5).
O
sacrifício de Jesus derruba a parede que separa o ser humano de Deus (At 10.36;
Ef 2.14), sendo “religado” (significado de religião) com Deus. Existe uma
diferença entre estar em “paz com Deus” e ter a “paz de Deus". A paz com
Deus é somente para aqueles que conservam sua vida em constante comunhão com
Deus (Is 26.3; Jo 14.27; Fp 4.7). Diferente do incrédulo, o salvo vive no
Espírito e, assim como o Espírito é eterno, eterna será a sua paz com Deus.
Jovem, você está em paz com Deus?
2. A bênção
do acesso à graça de Deus.
Somente
em Jesus pode ser evidenciada a gratuidade da justificação, pois somente Ele
pode redimir o pecador de sua condição no tribunal de Deus (Rm 3.24). A vida de
pecado é uma vida que conduz à morte, uma vida de opressão debaixo da culpa e
da solidão espiritual, mas na justificação se aplica ajustiça para a vida
eterna por meio de Cristo (Ef 2.5-8, Rm 5.21), Semelhantemente à vitória de
Cristo sobre a morte por meio de sua ressurreição, as pessoas justificadas
vencem a morte que traz o pecado e ressurgem vivificadas juntamente com Cristo,
tudo pela graça de Deus (Ef 2.6), Esta graça de Deus, acessada somente pela fé
(Ef 2.18; Rm 412; Hb 4,16), fortalece o crente por não estar mais debaixo da
lei, nem do domínio do pecado (Rm 6.14,15). Somos o que somos pela graça de
Deus (1 Co 15.10), por isso devemos ser gratos a Ele por tudo.
3.
Esperança da glória de Deus.
As
pessoas justificadas são bem-aventuradas, pois nelas repousa a grande esperança
da manifestação da glória de Deus (Tt 2.13). Muito diferente de uma pessoa que
leva sua vida à margem da Bíblia, alimentada de alegrias e motivações efêmeras
e passageiras.
Os
justificados são transformados de glória em glória (2 Co 3.18), ou seja, se
tornam já participantes da glória de Deus como herdeiros juntamente com Cristo,
para também com Ele serem glorificados (Rm 8.17). Esta é a grande diferença
entre ser criatura e ser filho de Deus. A primeira condição é genérica, sendo
característica natural de tudo e todos os seres criados, a segunda é somente
para as pessoas que foram justificadas. A Bíblia informa que ainda não sabemos
como haveremos de ser, mas clarifica que seremos semelhantes ao Cristo
glorificado e adverte-nos a manter esta condição, possível somente por meio da
manutenção da obediência (1 Jo 3.1-3). Jovem, guarda o que tens!
O
Pense!
Jovem,
você já pensou no valor de estar em paz com Deus?
O
Ponto Importante
A velocidade da disseminação do conhecimento, o consumismo
acirrado e a valorização exacerbada do ter em detrimento do ser, têm tirado a
paz da maior parte da humanidade.
Enquanto isso, aquele (a) que é justificado (a) desfruta da paz
com Deus, bênção da justificação pela fé.
II - BÊNÇÃO DO REGOZIJO NAS TRIBULAÇÕES (Rm
5.3-5)
1. As
tribulações conduzem à maturidade.
No
caminho para a glória, citado anteriormente (Rm 8.17), as tribulações são
inevitáveis. Jesus não prometeu uma vida sem conflitos, mas afirma
categoricamente que passaríamos por aflições (Jo 16.33).
Ele
não engana para ganhar seguidores. Na própria história do povo de Israel
podemos ver as tribulações que serviram para a maturidade espiritual (Dt
8,15,16). Nossa caminhada não é diferente, Paulo assevera que as tribulações
nos levam à perseverança, à experiência (caráter aprovado), e à esperança que
não confunde. Portanto, quando você pede a Deus mais experiência e esperança,
mesmo que inconscientemente, você está pedindo por mais aflições, que o levarão
à experiência, que por sua vez lhe trará esperança. Um processo contínuo de
causa e efeito.
Tiago
afirma que é motivo de alegria o passar por várias provações, pois por meio
delas se obtém experiência, com vistas a alcançar a coroa da vida, prometida
aos que amam a Deus (Tg 1.2-4,12).
2. O
crente, nas tribulações, tem a certeza do amor de Deus.
Um
texto bem conhecido da epístola aos Romanos é o do capítulo 8, versículos
35-39, Neste texto vemos o apóstolo relacionar uma série de intempéries
indesejáveis na vida de um ser humano, mas conclui que mesmo estas coisas não
são suficientes para separar uma pessoa salva de Deus, Quantos exemplos existem
na Bíblia de pessoas que abriram mão de praticamente tudo de valor que tinham
ou poderiam ter, inclusive da própria vida, constrangidas pelo amor de Deus.
Basta lermos Hebreus 11, na galeria dos heróis da fé, para constatarmos isto.
Quem
mantém sua fidelidade à Deus, independente das circunstâncias, pode perceber o
amor de Deus, a exemplo do grande Mestre Jesus, Ele no Getsêmani, sentindo a
dor do cálice a ser tomado, questiona este “abandono", mas ao final se
submete à vontade de Deus por saber que tudo era por amor, inclusive sua morte.
3. O amor
de Deus é provado pela morte vicária de Cristo.
O
Espírito Santo nos faz perceber o amor de Deus para conosco (v.5). Amor que
pode ser evidenciado pela doação de Deus, mesmo sabendo que não tínhamos
possibilidade de retribuir esse amor por sermos fracos (v, 6).
O
apóstolo afirma que morrer por alguém justo não seria considerado algo tão
incomum (v. 7), pois ao longo da história há vários registros de pessoas que
deram sua vida por uma pessoa amada, um líder carismático ou uma causa maior;
mas um justo morrer pelos injustos pecadores, isso nunca havia sido visto. Por
isso, a grande demonstração de amor de Deus pela humanidade é o fato de Cristo
ter morrido por nós, "sendo nós ainda pecadores” (v,8).
Devemos
ter em mente este amor, principalmente nos momentos de tribulações, sabendo que
muito maior sofrimento Jesus passou para que fôssemos justificados e
participantes da glória presente e da glória que haveremos de ter.
O
Pense!
“O
justo tem paz em sua relação com Deus, mas aflição em sua relação com o mundo
porque vive no Espírito” (Martinho Lutero).
O
Ponto Importante
A
paz com Deus não significa ausência de conflitos e tribulações, mas ter paz
mesmo nas adversidades.
III - A BÊNÇÃO DA SALVAÇÃO PASSADA E PRESENTE
(Rm 5.9-11)
1. A
salvação no passado.
Como
é grande a satisfação de saber que um dia no passado tivemos o privilégio de
experimentar a justificação mediante a fé em Jesus Cristo pregada por Paulo.
O
que seria de nós se não tivéssemos feito esta decisão?
Onde
nós estaríamos hoje?
Quem
nós seríamos?
Estaríamos
vivos ou não?
Certamente
não seríamos melhores do que somos e, acima de tudo, continuaríamos na condição
de pecadores, condenados ao julgamento da ira de Deus, na condição de inimigos
dEle (v. 9; Rm 2.5; 3.5). O apóstolo afirma que fomos reconciliados com Deus
quando ainda éramos seus inimigos devido aos nossos pecados, mas fomos
reconciliados gratuitamente, sem nenhuma condição prévia a não ser a fé em
Jesus. Algumas pessoas se esquecem das bênçãos do passado. Seja grato a Deus e
não se esqueça de nenhum de seus benefícios do passado. Esta lição veio para
lembrar você disso, assim como os autores veterotestamentários, repetidamente
fizeram com Israel.
2. A
salvação no presente.
Nos
escritos do apóstolo Paulo fica evidenciada a gratidão peta mudança que o
encontro com Cristo provocou em sua vida. A mudança deu a ele uma convicção que
o ajudou a superar as dificuldades do dia a dia. Antes de conhecer a Cristo ele
tinha uma posição privilegiada no ambiente judaico, uma posição almejada por
muitas pessoas.
Quando
escreveu a Epístola aos Romanos, ele já não tinha mais aquele status, mas a
experiência da justificação o libertou do domínio do pecado e deu-lhe a
segurança que nunca havia conquistado com sua vida religiosa pregressa. A
garantia da salvação presente e da comunhão com Deus proporcionavam ao apóstolo
a convicção, pouco antes de sua morte, de ter combatido um bom combate e
guardado a fé (1 Tm 4.6,7). Segurança garantida somente às pessoas, que por
meio de uma vida devotada e de santidade, mantêm seu ideal de obediência e
gratidão a Cristo.
Pense!
O
que Leva as pessoas que já conheceram o Evangelho a abrir mão das bênçãos
decorrentes da justificação?
Ponto
Importante
A
justificação pela fé não garante a salvação de uma vez por todas, mas traz
benefícios que nos auxiliam a nos mantermos firmes nas promessas de Deus,
gratos pela salvação, desfrutando e aguardando a glorificação definitiva com
Deus.
SUBSÍDIO
Romanos
5
“Resumo do capítulo. O crente agora se posiciona num relacionamento único com
Deus que promove uma nova perspectiva sobre toda a vida (5.1-5). Essa
perspectiva tem a sua origem na convicção de que um Deus que estava disposto a
abrir mão de seu Filho para enviá-lo a nós, sem dúvida, trabalhará em nós,
agora que somos seus (vv. 6-11).
DESTAQUES
‘Pois’ (5.1). Como cristãos, todos nós nos deleitamos com o que
Paulo está prestes a explicar, a dependência do sacrifício de Cristo por nós e
nossa fé nele.
Uma litania de bênçãos (5.1-5).
Observar em especial:
1) a paz com Deus:
2) o acesso a Deus e à graça;
3) a alegria em nossas perspectivas futuras;
4) uma nova perspectiva sobre o sofrimento e,
5) uma esperança segura em Deus que paga dividendos presentes
numa sensação contínua do seu amor por nós. Jamais despreze o verdadeiro
cristianismo.
O relacionamento com Jesus é como a mesa farta de um banquete,
de uma festa que podemos usufruir aqui e agora” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do
Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse Capitulo por Capitulo. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 741).
CONCLUSÃO
Nesta
lição, aprendemos que a justificação, além de ser gratuita, traz consigo muitas
outras bênçãos como a paz com Deus.
HORA DA REVISÃO
1. O que
derruba a parede que separa o ser humano de Deus?
O
sacrifício de Jesus derruba a parede que separa o ser humano de Deus (At 10.36;
Ef 2.14), sendo “religado” (significado de religião) com Deus.
2. Qual o
conselho dado por Tiago em Tiago 1.2-4,12?
Tiago
nos aconselha a nos alegrarmos quando passarmos por várias provações, pois por
meio delas obtém experiência, com vistas alcançar a coroa da vida, prometida
aos que amam a Deus.
3. Segundo
a Epístola aos Romanos, como Deus demonstrou seu amor pela humanidade?
A
grande demonstração do amor de Deus pela humanidade é o fato de Cristo ter
morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8).
4. Segundo
a lição, quando um crente pede por mais experiência e esperança, o que na
realidade ele está pedindo?
Quando
o crente pede a Deus mais experiência e esperança, mesmo que inconscientemente,
ele está pedindo por mais aflições, que conduzirão à experiência, que por sua
vez lhe trará esperança, Um processo contínuo de causa e efeito.
5. Segundo
a lição, o que proporcionava ao apóstolo a convicção de ter combatido um bom
combate, pouco antes de sua morte?
A
garantia da salvação presente e da comunhão com Deus proporcionava ao apóstolo
a convicção, pouco antes de sua morte, de ter combatido um bom combate e
guardado a fé (1 Tm 4.6-7).