1.
Conflitos nos relacionamentos (Cl 3.13).
Todo
relacionamento humano está sujeito a conflitos, desavenças e queixas (At
15.36-39; 1Co 1.10-30). Não existe interação humana perfeita e por isso a
dádiva do perdão deve estar presente (Mt 18.21,22).
2. As duas
dimensões do perdão.
O perdão
entendido corretamente abrange duas dimensões da vida humana: vertical e
horizontal. Na primeira advém de Deus para o homem, removendo a culpa e se
constituindo um ato de graça mediante o qual o ser humano é restaurado à
comunhão com Deus (2Co 5.19; Dn 9.9). Ninguém perdoa a Deus, pois Ele é
Perfeito e Justo (Sl 9.8; 18.30; 19.7; 98.9; Mt 5.48). Na segunda, diz respeito
ao tratamento dispensado ao próximo (Mt 5.44; 6.12; 18.21,22; Rm 12.14,19).
Essas duas dimensões são interdependentes (Mt 6.12; 18.23-35).
3. A dádiva
do perdão.
Perdoar é
um ato de pura graça e de superação à ofensa recebida (Mt 18.21,22). Quem
exerce o perdão lida melhor com o ressentimento e mágoas que advêm das
injustiças sofridas. Perdoar é o melhor remédio para curar as feridas da alma:
tristeza, angústia, compaixão própria, depressão entre outras. Quando a pessoa
perdoa ela abre-se para uma nova e saudável experiência na qual as doenças
psicossomáticas não se instalam sobre sua vida. O exercício do perdão traz
saúde para a vida. Perdoe e viva feliz!
“Perdoar não é uma opção
Perdoar não pode ser uma opção, até porque não há
outra saída para quem foi ferido. Quem não perdoa anula a possiblilidade de ser
livre, vivendo aprisionado às lembranças do que passou. Dentro desta ótica, o
perdão é o passaporte para a liberdade: quem não perdoa sofre e vivencia a
mágoa noite e dia, carregando um fardo que pode transformar-se em doenças do
físico e da alma, ou até ser as duas associadas (doenças psicossomáticas).
O irônico é que muitas vezes quem comete o erro se
arrepende, busca ajustar-se, procura terapia para conhecer seus motivos e
fortalecer-se contra quedas futuras, e até passa a ter uma vida emocional e
espiritual mais frutífera do que antes da queda. Até porque uma das capacidades
humanas é aprender com o erro e com a dor, tornando-nos pessoas mais
conscientes de fraquezas e tendências. Contudo, quem foi ferido, se não decidir
perdoar e submeter-se ao processo de perdão, viverá sob o peso da dor da
traição e pagará o preço emocionalmente pelo erro do ofensor.
É por essa razão que perdoar não é uma opção dentre
outras para ser considerada. Mas é a opção, a única decisão correta a ser
tomada para que você seja livre da dor, da ira, das doenças, do envelhecimento
precoce, dos olhos turvos, da aniquilação dos projetos de vida” (CRUZ,
Elaine. Sócios, Amigos & Amados: Os Três Pilares do
Casamento. 1ª Edição. CPAD. RJ: 2005, p.206.)
SUBSÍDIO II
“Perdoar não é esquecer
Deus é o único que consegue apagar nossas culpas e
pecados, deles não se lembrando mais, tornando-nos, a cada vez que pedimos
perdão a Ele, novas criaturas, limpas da nódoa do pecado e brancos como a neve.
Bom seria se tivéssemos um mar de esquecimento.
Jogaríamos nele as nossas mágoas, os fatos que nos fazem sofrer, as palavras
que nos machucaram, nossos desapontamentos, fracassos e tragédias — e para
ficar melhor ainda, colocaríamos uma placa ao redor com os letreiros ‘É
proibido pescar’. Não seria, simplesmente, maravilhoso?
Infelizmente isto não é possível. Nós, humanos,
temos uma memória que não se apaga. Alguns podem até passar por traumas ou
dores tão profundas, que submergem em uma amnésia temporária ou permanente os
fatos e período que os fizeram sofrer: é comum que pessoas que sofram acidentes
graves esqueçam os momentos que antecederam o fato.
A única forma de apagar definitivamente a memória é
remover do cérebro as áreas onde ela se concentra, por uma lobotomia ou por
perda da massa cinzenta. E isto certamente não é o que desejamos” (CRUZ,
Elaine. Sócios, Amigos & Amados: Os Três Pilares do
Casamento. 1ª ed. CPAD. RJ: 2005, p.203.)
Lições
Bíblicas CPAD, Jovens, 4º Trimestre de 2015