27 de Março de 2016
Obs. Escola Dominical - CPAD / Revista de Mestre – Adultos – 1°
trim. de 2016 / Divulgação: Subsídios ebd
Tento
Áureo
“Se
esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os
homens”. (1 Co 15.19).
Os
salvos, que morreram em Cristo, aguardam a ressurreição no céu e os ímpios a
esperam no Hades, em sofrimento
indizível.
LEITURA DIARIA
Segunda
– Dn 12.2: Os que dormem no Senhor ressuscitarão
Terça – Sl 9.17: Os ímpios serão lançados no lago
de fogo
Quarta
– Pv 15.24: Para o tolo o caminho do inferno está "embaixo"
Quinta
– Ap 14.13: Felizes os que desde agora morrem no Senhor
Sexta
– Fp 1.21: O crente não teme a morte, pois para o salvo "o morrer é
ganho"
Sábado
– Fp 3.21: O corpo do salvo ressurreto será semelhante ao do Senhor Jesus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas
16.19-26
19
Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia
todos os dias regalada e esplendidamente.
20
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à
porta daquele;
21
E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os
próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
22
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de
Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
23
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e
Lázaro no seu seio.
24
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que
molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou
atormentado nesta chama.
25
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua
vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
26
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que
quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para
cá.
HINOS SUGERIDOS: 83, 187, 206 da Harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Mostrar que os salvos vão aguardar a
ressurreição no Paraíso de Deus e os ímpios a esperam no Hades.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I. Explicar
o estado intermediário dos mortos;
II. Saber
a real situação espiritual do: mortos;
III. Mostrar
o destino final dos mortos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Com
a graça de Deus, chegam os ao final de mais um trimestre. Esperam os que as
lições tenham implantado nos corações de seus alunos a esperança de que Jesus
voltará a qualquer momento. Essa é a nossa real espera.
Na
lição de hoje, estudarem os a respeito do destino final dos crentes e dos ímpios
que já morreram. A Palavra de Deus nos assegura que os mortos em Cristo
ressuscitarão para a vida eterna ao lado do Salvador.
Esse
é o destino final dos crentes. Porém, os ímpios, vão ressuscitar para o
desprezo eterno. Seu destino final é o inferno, onde haverá dor, vergonha e tristeza.
Que
possam os anunciar o Evangelho, ganhando pessoas para Cristo e livrando-as da
condenação eterna.
PONTO CENTRAL
Os
crentes que dormem no Senhor vão ressuscitar para a vida eterna e os ímpios
para o castigo eterno.
INTRODUÇÃO
Na
lição de hoje estudaremos o destino final dos ímpios e dos salvos em Jesus
Cristo.
A
Palavra de Deus nos garante que não será em vão a nossa esperança em Jesus
Cristo, pois pela fé já temos assegurado um futuro glorioso ao seu lado. Para os
ímpios, que não se arrependeram, é reservado o sofrimento e a condenação eterna,
pois suas escolhas enganosas os levaram a desprezar a salvação de Deus.
I - O ESTADO INTERMEDIÁRIO
1. O que é?
É o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos, como dos
ímpios.
Os
salvos terão um destino diferente dos ímpios: "Não vos maravilheis disso,
porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E
os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o
mal, para a ressurreição da condenação" (Jo 5.28,29). A Palavra de Deus
afirma que não existe purgatório e que também não há o "sono da alma",
nem tampouco a reencarnação, como creem alguns. Depois da morte segue-se o
juízo divino.
2. O Sheol e o
Paraíso.
Sheol
é um termo hebraico que pode significar
sepultura
ou "lugar ou estado dos mortos". Em o Novo Testamento, Sheol é
traduzido por Hades.
Normalmente
o Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios. Deus livra o justo do Sheol
ou da sepultura (Sl 49-15). O Sheol (inferno) é lugar de punição para os ímpios
que não se arrependeram dos seus pecados e não entregaram suas vidas a Jesus
Cristo (cf. Sl 9.17).
O vocábulo
"paraíso" é de origem persa e significa um
parque ou jardim de paz e harmonia. Foi usado pelos tradutores da Septuaginta
para significar o Jardim do Éden (Gn 2.8). Aparece apenas três vezes no Novo
Testamento (Lc 23.43; 2 Co 12.4; Ap 2.7).
3. O lugar dos
mortos.
Os
Teólogos entendem que "o lugar dos mortos", o Hades, estava dividido
em duas partes.
Estes
tomam como base o texto de Lucas 16.19-31, no texto que se refere a Lázaro e ao
rico. O primeiro, fiel a Deus, foi levado para o "Seio de Abraão", ou
ao Paraíso, estando em repouso e felicidade.
O rico, orgulhoso e
incrédulo foi para o Hades, onde experimenta angústia e sofrimento atroz. Myer Pearlman diz que Cristo desceu ao Sheol (Sl 16.10; 49.15), "ao
mundo inferior dos espíritos"
(Mt 12.40; Lc 23.42,43), e libertou
os santos do Antigo Testamento
levando-os consigo para o paraíso
celestial (Ef 4.8-10).
O
lugar ocupado pelos justos que
aguardam a ressurreição foi
trasladado para as regiões celestiais (Ef 4.8; 2 Co 12.2).
Desde
então, os espíritos dos justos sobem para o céu e os espíritos dos ímpios
descem para a condenação (Ap 20.13,14). Segundo os textos bíblicos, o Paraíso
estaria em cima (Pv 15.24a) e o Hades embaixo (Pv 15.24b).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Os salvos em Jesus Cristo e os
ímpios terão um destino final diferente.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
Seol
O
Antigo Testamento usa a palavra hebraica Seol 65 vezes para descrever a
residência dos mortos. A Septuaginta traduz esta palavra em grego como 'hades',
e o Novo Testamento refere-se a isto diversas vezes (Lc 16.23).
Nas
traduções do Antigo Testamento para o inglês, a palavra aparece variadamente
como 'inferno', 'cova' e 'sepultura'.
Seol pode ter
diferentes significados, em diferentes contextos,
trazendo alguma confusão e diferentes interpretações a respeito da natureza
exata do seu significado. Seja a sepultura ou o mundo dos mortos, Seol fala das
mais das profundezas, a antítese dos mais altos céus (3ó 11.8; cf. Pv 9.18).
Seol
também se refere a um lugar de punição do qual somente Deus tem o poder de
libertar" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, l.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.417).
II - A SITUAÇÃO DOS MORTOS
Qual
é a real situação daqueles que já morreram? O texto de Lucas 16 nos mostra a
diferença entre o estado dos ímpios e dos justos após a morte.
Vejamos:
1. O estado
intermediário dos salvos.
Na
história do rico e Lázaro (Lc 16), vemos o estado intermediário dos salvos.
O
justo ao morrer é conduzido pelos anjos até o Paraíso (v. 22). Que privilégio,
que honra têm os salvos ao morrer, e serem recepcionados pelos anjos. Ao ladrão
da cruz Jesus disse: "Hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23.42,43).
O
espírito e a alma deixam o corpo e permanecem no lugar de espera (Paraíso),
aguardando a ressurreição na Vinda de Jesus.
2. Os justos são
recebidos pelo Senhor.
É
o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos justos após a
morte.
Tomemos como exemplo o caso de Estevão que está narrado em Atos 7.59. Para
espanto dos ímpios, eles verão Jesus recepcionar gloriosamente os que o
aceitaram como Salvador.
Os
que morreram em Cristo, bem como os ímpios, vão manter sua identidade pessoal,
sua personalidade e consciência depois da morte. Moisés, tendo sido sepultado
por Deus, aparece, falando com Jesus no Monte da Transfiguração (Mt 17.3; Lc
9.30-32), ao lado de Elias, que foi arrebatado. Note-se que são os mesmos
nomes, Moisés e Elias.
A
despeito de tudo o que foi dito, devemos lembrar que, para o salvo, a morte é
um ganho: "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho".
Paulo tinha o "desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda
muito melhor" (Fp 1.21,23).
3. O estado
intermediário dos ímpios.
Eles
vão para o Sheol ou Hades, ou seja, o inferno, que é o seu destino final (Sl
9.17). Nesse "estado intermediário", aguardam seu julgamento final.
O
Hades é um lugar "embaixo", ou seja, oposto ao céu ("seio de
Abraão").
O
rico "ergueu os olhos", vendo "ao longe Abraão e Lázaro, no seu
seio" (v. 23): "Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que
ele se desvie do inferno que está embaixo" (Pv 15.24).
Fato
é que os ímpios sofrerão e estarão conscientes. O rico ímpio estava em
"tormentos" (v. 23) e clamava pedindo misericórdia (v. 24).
Os
ímpios que morreram sem Cristo estão "em prisão" ( l Pe 3.19) e ali
eles vão se lembrar dos que ficaram na Terra (v. 28). As Escrituras Sagradas
afirmam que estes não podem ser consolados por ninguém: "E, além disso,
está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem
passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá"
(v. 26).
Fica,
pois, evidente que aqueles que descem ao Hades não podem se comunicar com os
vivos. Eles são lembrados de que em vida tiveram oportunidade de ouvir as
Escrituras, mas desprezaram as suas advertências (v. 27-31).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O salvo em Jesus Cristo ao
morrer é conduzido ao céu e os ímpios, ao inferno.
SUBSÍDIO ESCATOLÓCICO
O
Estado Final dos ímpios
A
Bíblia descreve o destino final dos ímpios como algo terrível e que vai além de
toda a imaginação. São as 'trevas exteriores', onde haverá choro e ranger de
dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt
22.13; 25.30).
É
uma ‘fornalha de fogo' (Mt 13.42,50), onde o fogo pela sua natureza é
inextinguível. Causa perda eterna, ou destruição perpétua (2 Tm 1.9), e 'a
fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre' (Ap 14.11; cf. 20.10). Jesus
usou a palavra Gehenna como termo aplicável a isso.
Depois
do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20.14),
pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap 22.15), será o
único lugar onde a morte existirá.
É
então que a vitória de Cristo sobre a morte, como o salário do pecado, será
final e plenamente consumada (1 Co 15.26).
Mas
nos novos céus e terra não haverá mais morte (Ap 21.4)" (HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.
642,43).
III-
O DESTINO FINAL DOS MORTOS
Após
passarem pelo "estado intermediário", os mortos ressuscitarão. Os salvos
irão para a "vida eterna" e os ímpios, "para desprezo
eterno" (Jo 5.28,29).
1.O estado final
dos salvos.
Após
a primeira ressurreição (Rm 8.11), os salvos vão para as Bodas do Cordeiro,
passarão pelo Tribunal de Cristo, e viverão com Deus por toda a eternidade.
Esse é o destino final dos salvos. Seus corpos ressuscitarão e se tornarão
incorruptíveis (cf. 1 Co 15.42-44).
O
mesmo corpo que morreu será transformado por Deus e ressuscitará "em
glória", semelhante ao corpo de Jesus ao ressuscitar (Fp 3.21).
2. O estado final
dos ímpios.
Os
ímpios ressuscitarão para "vergonha e desprezo eterno" (Dn 12.2). Seu
destino final é o lago de fogo (Ap 20.15), onde "haverá pranto e ranger de
dentes" (Mt 22.13).
Ali
os ímpios desfrutarão da companhia do Diabo, do Anticristo e do Falso Profeta
(Ap 20.10; 21.8). Atualmente, muitos ímpios ficam impunes, mas no inferno estes
receberão o castigo eterno por tudo o que fizeram de mal (2 Ts 1.9).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Os salvos em Jesus e os ímpios
terão futuros distintos.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
O
Estado Final dos Justos
A nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento que é muito
melhor do que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda.
A descrição da Nova Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um
lugar melhor do que o Jardim do Éden, com todas as bênçãos do Éden
intensificadas.
Deus é tão bom! Ele sempre nos restaura a algo melhor do que
aquilo que perdemos. Desfrutamos da comunhão com Ele agora, mas o futuro
reserva-nos a 'comunhão intensificada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e
com todos os santos. A vida na Nova Jerusalém será emocionante. Nosso Deus
infinito nunca ficará sem
novas alegrias e bênçãos para oferecer aos redimidos. E posto
que as portas da cidade sempre estarão abertas (Ap 21.25; cf. Is 60.11), quem
sabe o que os novos céus e terra terão para explorarmos?" (HORTON,
Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. l.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 1996, p.645).
CONCLUSÃO
O
estudo d Escatologia é um dos mais edificantes para a Igreja em todos os
tempos, principalmente no presente século, quando muitos sinais dão a entender
que a vinda de Jesus poderá acontecer a qualquer momento.
Que
você possa prosseguir com o estudo da Escatologia Bíblica. Leia a Palavra de
Deus, ore, Jejue e esteja aguardando o maior acontecimento escatológico de
todos os tempos: O arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo.
PARA
REFLETIR
A
respeito da Escatologia Bíblica, responda:
• O que é o estado
intermediário?
É
o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos, como dos
ímpios.
• O que significa
Sheol?
Sheol
é um termo hebraico que pode significar sepultura ou "lugar ou estado dos
mortos".
• A quem é
destinado o Hades?
Hades
é visto como um lugar destinado aos ímpios.
• Qual o
significado do vocábulo "Paraíso"?
O
vocábulo "paraíso" é de origem persa e significa um parque ou jardim de
paz e harmonia.
• Quem recebe os
justos depois da morte?
É
o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos justos após a morte.
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Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 65 –
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