Obs.
Subsídios “alternativos” para a
lição bíblica de adulto. Trimestre: 4° de 2015, revista de adultos - Por EV. Jair Alves.
I. SUBSÍDIO: A HISTÓRIA DE JOSÉ
A
história toda retrata a soberania de Deus e o cuidado providencial de Deus para
com os seus.
1. Os significados de seu nome
José
vem de uma palavra hebraica que significa «Yahweh acrescentará», ou, então,
«que Yahweh adicione». Muitas pessoas tiveram esse nome, no Antigo Testamento.
Porém, o mais conhecido e mais significativo desses personagens foi o patriarca
José, o décimo primeiro filho de Jacó e de sua esposa favorita, Raquel.
Provavelmente, José viveu em cerca de 1678-1570 A.C.,
2. O nascimento de José (filho
da velhice de Jacó, Gn 37.3)
Jacó
tinha aproximadamente 91 anos de idade quando José nasceu. Ele não era o filho
de sua velhice mais do que os outros. Benjamim nasceu aproximadamente 9 anos
após José. Consequentemente, essa frase refere-se mais a um filho especialmente
devotado ao cuidado de Jacó em sua velhice. Após a morte de Raquel, José talvez
tenha se tornado o principal provedor das necessidades do pai e um intermedia-
dor entre ele e seus irmãos (Gn 37. 2,13,14).
3. A túnica de José (Gn 37.3)
Era
uma marca de honra e posição e somente usados por chefes e herdeiros. José
herdou o direito de primogenitura (1 Cr 5.1-12). A túnica era de muitas cores,
sem costura, como a de um rei ou sacerdote e em fino e belo bordado de linhas
coloridas, confira Êxodo 28.4; 39.1; 2 Samuel 13.18,19; salmos 45.14.
4. Os irmãos de Jacó
Os
irmãos de José eram jovens, Rúben, o mais velho, tinha aproximadamente 29 anos,
e Benjamim, o mais novo, talvez 7 ou 8 anos. Todos os irmãos que o venderam aos
ismaelitas no caminho para o Egito, tinham entre 18 a 29 anos - uma fase mais
propensa à inveja e a atos imprudentes e despreocupados, do que em outra fase
mais madura da vida.
5. Os Sonhos de José
José
realmente tinha sonhos inspirados por Deus e o divino dom da interpretação
(caps. 37,40,41). Nesse ponto ele era como Daniel (Dn 1.17).
Os
sonhos de José impressionaram seu pai e seus irmãos. Eles incitaram a inveja
nos irmãos, mas fez com que Jacó refletisse, e ele os viu como um aviso divino
de eventos que afetariam sua família. Eles também ajudaram a preparar José para
os sofrimentos que teria no Egito (42.8,9; 45.4-8; 50.15-21).
A) Interpretação do sonho (Gn
37.9)
Um
símbolo de Israel, o sol representando Jacó; a lua, suas esposas; e as 12
estrelas, seus 12 irmãos (Ap 12.1). Um dia, os irmãos de José se curvariam
diante dele! Veja também Gn 42:6; 43:26 e 44:14.
II. SUBSÍDIO: UM ESCRAVO CHAMADO JOSÉ
José
foi vendido duas vezes, uma por seus irmãos (Gn 37.27,28) e a segunda vez foi
vendido no Egito a Potifar (Gn 37.36).
1. Os primeiros compradores de
José como escravo: Ismaelitas e midianitas (Gn 37.25,36).
As
palavras midianitas e ismaelitas são usadas de forma indistinta nessa passagem,
provando que eles eram um só povo ou viviam no mesmo país e comercializavam
juntos.
Eles
descendentes de Abraão da parte de Agar e Quetura (16.11,12; 25.2). Algumas
versões dizem árabes, para condensar
em uma palavra um vasto número de clãs, tribos e povos.
Eles
viajavam juntos para se proteger de roubos. Havia um comércio bem organizado
entre o Egito e outros povos. Muitos medicamentos e especiarias eram vendidos
para o Egito com propósito medicinal e de embalsamento (v. 25). Os egipcios
dependiam desses mercadores árabes para obter esses suprimentos.
Em
uma caravana, existiam muitas companhias organizadas, cada uma com seu próprio
nome e trabalho organizado, que contribuía para uma condução homogênea. Os
camelos geralmente eram amarrados juntos em grupo, em fileiras de 4 e amarrados
a uma outra fileira de 4 atrás deles.
2. O segundo comprador de José
como escravo: O eunuco Potifar (Gn 37.36 – ARC).
O
termo eunuco em hebraico é cariyc,
castrado, eunuco; criado nos aposentos de mulheres e ministro de estado, camareiro
(v. 36; 39.1; 40.2,7; 1 Sm 8.15; 1 RS 22.9; 2 RS 8.6; 24.12-15; 25.19; 1 Cr
28.1; 2 Cr 18.8). Traduzido como camareiro. 13 vezes (2 Rs 23.11; Et 1.10-15;
2.3,14,15,21; 4.4,5; 6.2,14; 7.9); eunuco 17 vezes (2 Rs 9.32; 20.18; Is 39.7;
56.3,4; Jr 29.2; 34.19; 38.7; 41.16; 52.25; Dn 1.3-18).
Isso
pode explicar a infidelidade da esposa de Potifar (39.10-13). No Oriente,
muitos eunucos tinham esposas e também haréns onde eles mantinham muitas
mulheres, mas não geravam filhos.
Potifar
era responsável pela segurança; chefe dos executores (Gn 39.1). Ele era chefe
dos carrascos e capitão da guarda pessoal de Faraó.
3. A formosura de José (Gn
39.6)
José
era bonito, tinha boa aparência e era musculoso (v. 6). As mesmas expressões hebraicas
usadas para ele foram usadas para Raquel (29.17).
A
fama de José se espalhou pelo Oriente. A tradição diz que Zuleíca, a mulher de Potifar, era muito virtuosa, mas quando viu
José, ela se apaixonou por ele de tal maneira que perdeu todo o autocontrole e
se tornou escrava de sua paixão.
Em
determinada ocasião, ela teria organizado um jantar, convidando as 40 mais
bonitas mulheres do Egito que, quando viram José, ficaram tão admiradas que
exclamaram juntas que ele só poderia ser um anjo.
4. A pureza de José (Gn 39.
11,12)
José
perdeu sua túnica, mas conservou seu caráter. Muitas pessoas fracassaram nessa
lição, e Deus teve de encostá-las, pondo-as na prateleira (1 Co 9:24-27; Pv 1
6:32; 25:28).
Seu
caráter se destaca como um dos mais puros da história. Ele não permitiu que a
tentação maculasse sua moralidade, nem que a calamidade abalasse sua fé
implícita em Deus, nem que a adversidade o deprimisse, nem que o poder ou o
prestigio o tornassem orgulhoso e arrogante.
11
anos se passaram desde que José foi vendido como escravo até a interpretação do
sonho do copeiro. Depois disso, ele permaneceu por mais 2 anos na prisão, tendo
sua fé testada (S1105.17-2(9. Foi provado por 13 anos, o que seria muito tempo
para qualquer homem (37.2:41.1,46).