22 de
Novembro de 2015
TEXTO
ÁUREO
"Toda alma
esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não
venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus."(Rm 13.1)
VERDADE
PRÁTICA
Deus instituiu
autoridades e leis, a fim de preservar a sociedade humana de uma depravação
total e irreversível.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Gn 9.6
- O livro de Gênesis e a origem do governo humano
Terça - Rm 13.1
- O princípio do governo humano revelado na Palavra de Deus
Quarta - 1 Pe 2.17
-A Palavra de Deus e a honra devida às autoridades
Quinta - 1 Tm
2.1,2 - Orações devem ser feitas pelas autoridades
Sexta - 1 Tm
1.9,10 - A Palavra de Deus e o objetivo da lei
Sábado - Ap 19.6 - Jesus
Cristo, a suprema autoridade revelada à
humanidade
LEIA AS LIÇÕES ANTERIORES
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 9.1-13
1 - E abençoou Deus a Noé e a seus filhos e
disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra.
2 - E será o vosso temor e o vosso pavor sobre
todo animal da terra e sobre toda ave dos céus; tudo o que se move sobre a
terra e todos os peixes do mar na vossa mão são entregues.
3 - Tudo quanto se move, que é vivente, será
para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde.
4 - A carne, porém, com sua vida, isto é, com
seu sangue, não comereis.
5 - E certamente requererei o vosso sangue, o
sangue da vossa vida; da mão de todo animal o requererei, como também da mão do
homem e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
6 - Quem derramar o sangue do homem, pelo homem
o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem.
7 - Mas vós, frutificai e multiplicai-vos;
povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela.
8 - E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele,
dizendo:
9 - E eu, eis que estabeleço o meu concerto
convosco, e com a vossa semente depois de vós,
10 - e com toda alma vivente, que convosco
está, de aves, de reses, e de todo animal da terra convosco; desde todos que
saíram da arca, até todo animal da terra.
11 - E eu convosco estabeleço o meu concerto,
que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá
mais dilúvio para destruir a terra.
12 - E disse Deus: Este é o sinal do concerto
que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que está convosco, por
gerações eternas.
13 - O meu arco tenho posto na nuvem; este será
por sinal do concerto entre mim e a terra.
HINOS
SUGERIDOS: 531,532,588 da Harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Compreender que
Deus instituiu autoridades e leis para preservar a humanidade.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Mostrar que Deus estabeleceu um novo
começo a partir da família de Noé;
Analisar o arco de Deus como símbolo do seu
novo pacto com a humanidade;
Explicar o princípio do governo humano.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
As
águas do dilúvio foram baixando até que Noé e sua família puderam deixar a arca
e iniciar uma nova vida em um mundo novo, purificado do pecado pelas águas do
dilúvio. Noé e sua família deram início a nova vida com sacrifício e adoração a
Deus, o grande Criador (8.1-22).
O
Senhor então decide introduzir o governo humano no novo mundo. O governo humano
é uma forma de governo onde Deus delega ao homem a direção do planeta e a
administração da justiça. Esta forma de governo foi confirmada pela filho de
Deus ao declarar: "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos
façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas" (Mt 7.12).
Deus também fez um pacto com a humanidade, prometendo que nunca mais destruiria
a vida humana por intermédio de dilúvio. A Terra havia sido purificada, porém
Noé e seus descendentes carregavam a semente do pecado em seus corações.
INTRODUÇÃO
Deus fez chover
sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites. As águas caíram e brotaram
em tal quantidade, que vieram a prevalecer por quase um ano. Veio a perecer,
assim, toda a primeira civilização humana. Enquanto isso, Noé e sua família, na
grande arca, vagavam sobre as águas que, dia a dia, iam diminuindo até que o chão
enxuto apareceu.
Já fora do grande
barco, os sobreviventes empreendem uma nova obra civilizatória. E, para tanto,
o patriarca recebe instruções específicas do Senhor, a fim de que ele e seus
filhos cumpram-lhe fielmente a vontade: edificar uma sociedade baseada no amor
a Deus e ao próximo. Uma sociedade que, distanciando-se daquela região,
alcançasse os confins da terra.
Tinha início,
naquele momento, o governo humano, que haveria de perdurar, apesar de tantos
dramas e tragédias, até nossos dias.
PONTO
CENTRAL
Deus
estabeleceu o governo humano.
I
UM NOVO COMEÇO
Noé e sua família
permanecem a bordo da arca por quase um ano (Gn 7.11; 8.13). Ao deixarem a
embarcação, conscientizam-se de que, de agora em diante, terão de se deparar
com uma realidade inteiramente nova.
1.
Um novo relacionamento com a natureza.
Se até aquele
momento o homem havia convivido harmonicamente com a criação, a partir de
agora, esse relacionamento será bastante traumático. Alerta o Senhor que os
animais, por exemplo, terão medo e pavor do ser humano (Gn 9.2). Para
combatê-los, haveriam de surgir grandes caçadores como Ninrode (Gn 10.9).
A natureza deveria
ser domada a duras penas, a fim de que o habitat dos filhos de Noé se fizesse
sustentável. Sobre o assunto, declara o apóstolo Paulo: "Porque sabemos
que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora" (Rm
8.22 - ARA). No Milênio, porém, tal situação será revertida (Is 11.6). Por
enquanto, todos jazemos sob um pesado cativeiro.
2.
Uma nova dieta.
Se antes do Dilúvio
todos dispunham de uma dieta vegetal rica e farta, agora teriam de
complementá-la com nutrientes animais. Todavia, deveriam abster-se do sangue
(Gn 9.4). Semelhante recomendação fariam os apóstolos em Jerusalém (At
15.19,20).
3.
A bênção divina.
Reconstruir a
sociedade humana era tarefa nada fácil. Noé e sua família teriam de recomeçar
um processo civilizatório que, por causa da grande inundação, perdera quase
dois mil anos de invenções, descobertas e avanços tecnológicos.
Nessa empreitada,
o patriarca e seus filhos necessitariam da plenitude da bênção divina.
Bem-aventurando-os, ordena-lhes o Senhor: "Mas vós, frutificai e
multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela" (Gn
9.7). Não demoraria muito, conforme veremos nas próximas lições, para que o
homem voltasse a progredir e a ocupar os mais remotos continentes.
Se até aquele
momento o homem havia convivido harmonicamente com a criação, a partir de
agora, esse relacionamento será bastante traumático.
SÍNTESE
DO TÓPICO I
A terra foi purificada pelas águas do dilúvio e Deus estabeleceu um
novo começo a partir da família de Noé.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Professor
para a introdução do primeiro tópico da lição faça a seguinte indagação:
"Quanto tempo durou o dilúvio?" Ouça os alunos com atenção e
incentive a participação de todos. Explique que "Gênesis 7 e 8 registra
detalhes sobre isso. Os animais entraram na arca no dia 10 do mês dois (7.8,9).
A chuva começou sete dias depois (v. 11), e o volume de água foi aumentando até
dia 27 do mês três (v. 12).
A arca
não toca a terra até dia 17 do mês sete (8.4). O cume de montanhas é visto no
dia 1º do décimo mês (v. 4), e as portas da arca finalmente são abertas em 1º
do mês um (v.13). A terra estava seca o suficiente para Noé e sua família saírem
em 27 do mês dois (v. 14), um ano e dez dias depois que o dilúvio começou"
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 30).
"O
relato do dilúvio fala-nos, tanto do julgamento do mal, como da salvação (Hb
11.7).
(1) O dilúvio, trazendo a total destruição de
toda a vida humana fora da arca, foi necessário para extirpar a extrema
corrupção moral dos homens e mulheres e para dar à raça humana uma nova oportunidade
de ter comunhão com Deus.
(2) O
apóstolo Pedro declara que a salvação de Noé em meio às águas do dilúvio, seu livramento da morte,
figurava o batismo do cristão" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 42).
CONHEÇA
MAIS
*Quando
as águas do dilúvio baixaram
"Gradualmente,
as águas do dilúvio baixaram. Noé e sua família começaram a viver a vida num
novo mundo com sacrifício e adoração. Deus introduz o governo humano fazendo os
homens resistirem ao mal em sociedade. O Senhor ainda se comprometeu em nunca
mais destruir toda a vida por enchente. A terra foi purificada. A única família
depois do dilúvio, porém, carregava a natureza humana decaída e o pecado que
quase imediatamente se fez presente na embriaguez de Noé e na imoralidade do
seu filho Cam."Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.
30
II
- O ARCO DE DEUS
Antes do Dilúvio,
não havia chuva. Um vapor regava a terra. A partir de agora, porém, haveria de
cair regularmente sobre a terra, como sinal da bênção divina (Mt 5.45). A
pergunta, todavia, era inevitável: "E se viesse outro dilúvio?".
1.
Um novo pacto com a humanidade.
Visando
acalmar-lhes o espírito, promete-lhes o Senhor: o mundo não voltará a ser
destruído por uma nova inundação. Sem essa promessa, a descendência de Noé
teria desperdiçado seus esforços na construção de arcas, torres e
barragens.
Em sua
misericórdia, o Senhor promete: "E eu convosco estabeleço o meu concerto,
que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá
mais dilúvio para destruir a terra" (Gn 9.11).
2.
O sinal do pacto noético.
A fim de que a
humanidade se lembrasse da misericórdia de Deus, após cada chuva, o Senhor
torna-lhes bem visível o seu pacto: "O meu arco tenho posto na nuvem; este
será por sinal do concerto entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu
trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens" (Gn 9.13,14).
O arco de Deus,
seria um fenômeno tão novo como a chuva regular. Vendo-o a cada chuvarada, os
descendentes de Noé poderiam repousar nos cuidados divinos.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Deus, por sua
infinita misericórdia, estabeleceu um novo pacto com o homem. Este pacto teve
como símbolo um arco nos céus.
Foi necessário
para extirpar a extrema corrupção moral dos homens e mulheres e para dar à raça
humana uma nova oportunidade de ter comunhão com Deus.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Peça que
os alunos leiam Gênesis 9.9-17. Depois explique que estes versículos
"falam do concerto que Deus fez com a humanidade e com a natureza, pelo
qual Ele prometeu que nunca mais destruiria a terra e todos os seres viventes
com um dilúvio (vv. 11,15). O arco-íris foi o sinal de Deus e o memorial
perpétuo da sua promessa, no sentido de nunca mais Ele destruir todos os
habitantes da terra com um dilúvio. O arco-íris deve nos lembrar da
misericórdia de Deus e da sua fidelidade à sua palavra (Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2005, p. 45).
O Senhor Jesus, ao ratificar esse princípio,
foi enfático ao realçar o lado benevolente e amoroso que deveriareger o governo
humano.
III
- O PRINCÍPIO DO GOVERNO HUMANO
Uma nova
civilização estava prestes a recomeçar. Mas, para que alcançasse plenamente os
seus objetivos, era imperioso que ela se formasse sob o império das leis. Por
esse motivo, Deus institui o governo humano.
1.
O governo humano.
Teologicamente, o
governo humano é a instituição estabelecida por Deus, logo após o Dilúvio,
através da qual o Senhor delega ao homem não somente a governança do planeta,
como também a administração da justiça (Rm 13.1). Essa instituição, sem a qual
a civilização humana seria inviável, pode ser sumariada nesta única sentença
divina: "Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será
derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem" (Gn 9.6).
O Senhor Jesus, ao
ratificar esse princípio, foi enfático ao realçar o lado benevolente e amoroso
que deveria reger o governo humano: "Portanto, tudo o que vós quereis que
os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os
profetas" (Mt 7.12).
2.
O aperfeiçoamento do governo humano.
Israel teve em
vários períodos de sua história, alguns governos que chegaram a ser perfeitos.
Haja vista o reinado de Ezequias (2 Cr 29.1,2). Aliás, esses homens procuraram
cumprir a Lei de Moisés, porque sabiam que nenhum reino poderá ser construído
anarquicamente.
Dessa forma, Noé e
seus descendentes, sob as novas regras baixadas pelo Senhor, puderam dar
continuidade a história humana, apesar das lacunas deixadas pelo Dilúvio.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
O princípio do governo humano se deu a partir de Noé e seus
descendentes.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
"A Instituição do Governo Humano
No
século antediluviano não havia nenhum governo humano. Todo homem tinha
liberdade para seguir ou rejeitar qualquer caminho. Mesmo rejeitando o Caminho,
não havia refreio contra o pecado. O primeiro homicida, Caim, foi protegido
contra um vingador (Gn 4.15). Sucessivos homicidas (Lameque, por exemplo)
exigiram semelhante proteção (Gn 4.23,24). Durante séculos os homens haviam
abusado do amor e da graça de Deus, e gastaram seu tempo entregues a toda
qualidade de pecado e vício. Após o dilúvio, o caminho, o único Caminho para a
vida eterna, ainda permaneceria aberto diante deles, e cabia-lhes o direito de
aceitar ou rejeitá-lo. Mas se o rejeitassem, continuando desobedientes às leis
divinas, eram passíveis de punição imediata por parte dos seus contemporâneos,
pois Deus instituiu um governo terrestre que serviria de freio sobre os delitos
dos ímpios. A ordem divina foi esta: 'Se alguém derramar o sangue do homem,
pelo homem se derramará o seu' (Gn 9.6). A pena capital é a função de maior
seriedade do governo humano, e uma vez que Deus concedeu ao homem essa
responsabilidade judicial, automaticamente todas as demais funções de governo
foram também conferidas. O governo humano, assim construído, exercendo a
prerrogativa da pena capital, foi e é sancionada pelo próprio Deus como um meio
de deter os desobedientes (Rm 13.1-7; 1 Tm 1.8-10). A investidura dessa
autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade do novo pacto de Deus
ao homem após o dilúvio.
Em comparação com a aliança adâmica, notamos que há:
1) maior
domínio sobre o reino animal;
2) uma
dieta mais ampla;
3) a
promessa de Deus que não mais destruirá toda a carne;
4) e
maior repressão sobre os ímpios, incluindo a prerrogativa da pena capital, que
seria ao mesmo tempo uma ilustração do governo divino" (OLSON, Lawrence N.
O Plano Divino Através dos Séculos: As dispensações que Deus estabeleceu para
Israel, a Igreja e para o mundo. 26.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 69-71).
CONCLUSÃO
O governo humano é
uma instituição divina. Foi deixado pelo Senhor, objetivando levar a
civilização a cumprir os seus objetivos, até que o seu Reino seja instaurado
entre nós através de Jesus Cristo, seu Filho.
Enquanto isso,
todos somos exortados a obedecer aos mandatários e governantes, desde que estes
não baixem leis que contrariem a Palavra de Deus, que está acima de todas as
legislações humanas. Por isso, eis o nosso texto áureo: " Mais importa
obedecer a Deus do que aos homens" (At 5.29).
PARA
REFLETIR
A
respeito do livro de Gênesis:
Após o
Dilúvio, como seria o relacionamento do ser humano com a natureza?
Se até aquele
momento, o homem havia convivido harmonicamente com a criação, a partir de
agora, esse relacionamento será bastante traumático. Alerta o Senhor que os
animais, por exemplo, terão medo e pavor do ser humano (Gn 9.2). Para
combatê-los, haveriam de surgir grandes caçadores como Ninrode (Gn 10.9).
A dieta
humana foi alterada com o Dilúvio?
Se antes do
Dilúvio, todos dispunham de uma dieta vegetal rica e farta, doravante teriam de
complementá-la com nutrientes animais, pois a terra já não era tão fértil como
antes. Eis a razão por que Deus autoriza-os a enriquecer suas refeições com
carne.
Qual a
simbologia do arco de Deus?
Era um sinal do
pacto de Deus de jamais destruir a humanidade novamente pelo dilúvio.
O que é
o governo humano?
Teologicamente, o
governo humano é a instituição estabelecida por Deus, logo após o Dilúvio,
através da qual o Senhor delega ao homem não somente a governança do planeta,
como também a administração da justiça (Rm 13.1).
Até que
ponto devemos obedecer o governo humano?
Desde que estes
não baixem leis que contrariem a Palavra de Deus, que está acima de todas as
legislações humanas.