Obs.
Subsídios “alternativos” para a
lição bíblica de adulto, N° 5.
CAIM, SEGUIDOR DE SATANÁS
A
palavra Caim está geralmente associada com qeinâ
do hebreu, "adquirir" ou "obter". A derivação está baseada
na semelhança do som, mais do que por causa da etimologia básica, Poderíamos
dizer que é um jogo de palavras. O verdadeiro significado da palavra possivelmente
veio do árabe ("lanceiro" ou "ferreiro"). Eva encheu-se de
alegria com o nascimento do seu filho. Ela exclamou: "Obtive um
homem".
Referências
Neotestamentárias a Caim.
Hebreus 11.4.
Pela fé, Abel ofereceu melhor sacrifício que o de Caim. Dentro do plano de
Deus, Cristo ofereceu o sacrificio final e definitivo, que substituiu a todos
os outros sacrifícios, sendo essa a mensagem central da epístola aos Hebreus,
I João 3.12
é trecho que nos relembra o crime de Caim, seu ato homicida e o fato de que
suas obras eram más, e as de seu irmão, Abel, boas. c. Judas 11 alude ao
caminho de Caim. Lemos ali que os mestres gnósticos seguem esse caminho.
A literatura
rabínica diz que o caminho de Caim caracteriza-se pela
concupiscência, pela cobiça, pela auto-indulgência e pela malignidade geral. Se
juntarmos a isso a inveja e o ódio, parece que é isso o que tal caminho
significa. Caim tomou-se um homem profundamente depravado.
Caim
havia eliminado seu irmão. E a última coisa que agora Caim queria falar era
sobre esse assunto. Mas não há erro que não venha a ser desvendado (Mat.
10.26).
Esse
versículo fala sobre como os homens encobrem suas maldades. Caim teve o cuidado
de cometer o seu crime onde ninguém poderia vê-lo. Tudo sucedeu no campo,
quando ele e seu irmão estavam sozinhos. Mas Deus vira tudo.
A
mente perversa supõe que nenhum mal é cometido enquanto não é descoberto. Caim
repudiou a sua responsabilidade, e não se incomodou com Deus nem com o que o
juízo divino poderia fazer. Mas isso é próprio da insensatez dos pecadores.
O
assassino mostrou que também era um mentiroso, tal como Jesus disse acerca de
Satanás (João 8.44,45).
II. SUBSÍDIO: O CULTO DE CAIM
O Sacrifício.
Adão
e Eva cultivavam o solo; Abel era pastor de ovelhas. Caim
também cultivava o solo.
Abel
(Hebel). O nome dado ao segundo filho indica "um hálito fugaz" ou
"um vapor". Aplu, a palavra acadiana cognata, significa filho. Abel
deu origem à vida pastoral, enquanto Caim seguiu a seu pai na agricultura.
Os
irmãos trouxeram suas ofertas a Deus. Caim as trouxe do fruto de seu trabalho
no solo, e elas foram rejeitadas. Abel trouxe suas ofertas do rebanho; e elas
foram aceitas por Deus.
O
presente oferecido por Caim não foi recebido pelo Senhor (Gn 5.5). Aqui não se
explica o porquê da rejeição. E as Escrituras não nos contam como Deus indicou
a Sua desaprovação. Talvez fogo caísse do céu e consumisse a oferta que foi
aceita, mas deixasse a outra intocada.
Há
quem pense que a oferta de Caim foi rejeitada porque Caim deixou de realizar o
ritual adequado. Outros têm explicado que a natureza das ofertas é que fez a
diferença - uma sendo de carne e envolvendo morte e derramamento de sangue, e a
outra de vegetais, sem derramamento de sangue (cons. Hb. 9:22).
A diferença entre
as duas ofertas.
O
autor da Epístola aos hebreus dá-nos uma explicação inspirada da diferença
entre as duas ofertas: "Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do
que Caim . . , dando Deus testemunho dos seus dons " (Hb. 11:4).
Esta
explicação centraliza-se sobre a diferença do espírito manifestado pelos dois
homens. Sendo Abel um homem de fé, veio com o espírito correto e adorou de
maneira agradável a Deus.
Não
temos motivos para crer que Abel tinha algum conhecimento de sua necessidade da
expiação substitutiva. Pelas aparências ambas as ofertas expressavam gratidão,
ação de graças e devoção a Deus. Mas o homem que tinha falta de fé genuína no
seu coração não podia agradar a Deus, embora sua oferta material fosse
imaculada. Deus não se agradou de Caim porque já olhara para ele e vira o que
havia no seu coração.
Abel
veio a Deus com a atitude certa de um coração disposto a adorar e pela única
maneira em que os homens pecadores podem se aproximar de um Deus santo. Caim
não.
Se
Caim tivesse feito bem (Gn 4. 7), com certeza Deus o teria graciosamente
recebido. Mas, e se Caim não tivesse feito bem? Esta era a verdadeira questão
que Caim ignorava, pois ele lançava a culpa em Abel. A ameaça à sua vida
espiritual não estava longe. O pecado estava bem do lado de fora da porta,
pronto para levar Caim à ruína.
A Ira de Caim.
A
ira de Caim impeliu-o a matar. A enormidade de seu crime se vê no fato de que
matou seu próprio irmão. A ira é um dos pecados cardeais. Aparece na lista das
obras da carne, na lista de Paulo, em Gál. 5.20. A ira encontra-se na raiz de
muitos atos irracionais, e quase sempre tem o egoísmo como sua base, e o ódio
como sua motivação.