11/10/2015 - Lição de Jovens, 4°
trim. De 2015
TEXTO DO DIA
“Deus faz que o solitário viva em família (SL
68.6a)
SÍNTESE
Deus
criou a família como centro de comunhão e realização humana, um lugar por meio
do qual as bênçãos divinas fluiriam sobre a Terra.
LEIA
TAMBÉM:
AGENDA DE LEITURA SEGUNDA - Gn 224
SEGUNDA
- Gn 224 - A instituição da primeira família
TERÇA-
Gn 3.12-20 A crise na primeira família
QUARTA-vGn
4.8-16 A primeira tragédia entre irmãos
QUINTA
- Gn 4.18-24 A família monogâmica ameaçada
SEXTA
- Gn 4.25-26 - Restauração do propósito divino na família
SÁBADO-Ef
522-6.4 - Princípios divinos para uma família saudável
OBJETIVOS
COMPREENDER o propósito
da criação da família;
ENTENDER o
significado de honrar os pais;
DESENVOLVER a boa
comunicação em família.
INTERAÇÃO
Como
foi a recepção da lição anterior entre os alunos? O desejo dos editores é que
essas lições se transformem em atitudes que mudem, fortifiquem e ampliem os
relacionamentos por meio de uma reflexão mais bíblica do que social, todavia,
sem ignorar a contribuição de ambas à completa compreensão do temário.
Portanto, leia atentamente o texto complementar na seção Subsídio; adapte a lição
ao contexto social e nível de compreensão de seus alunos, pesquise em fontes
confiáveis, e empregue recursos didáticos diversificados. Que o Senhor continue
abençoando vossa vida e ministério.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Nesta
lição, depois da introdução ao tema, distribua um pedaço de papel para cada
aluno e solicite que eles escrevam apenas uma palavra que descreva o conceito
de família para eles. Não pode ser dois ou três vocábulos, mas apenas e
exclusivamente um.
Fique
atento aos termos e escreva-os no quadro ou outro lugar apropriado. De acordo
com o desenvolvimento da aula, inclua essas palavras em sua ministração, ora
conceituando-as, ora afirmando ou corrigindo-as. Seja perspicaz e procure
compreender o que levou o aluno a destacar tal palavra.
TEXTO
BÍBLICO
Salmos
128.1-6; Ef 6.1-4 / Salmos 128 6
1
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!
2 Pois
comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem,
3 Atua
mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos,
como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
4 Eis que
assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!
5 O Senhor
te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em
todos os
dias da tua vida.
E verás os
filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.
Efésios 6
1 Vós,
filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 Honra a
teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3 para que
te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
4 E vós,
pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e
admoestação do Senhor
INTRODUÇÃO
No
contexto da vida pós-moderna há uma grande crise e desconfiança nas
instituições. Por vários fatores, nem sempre fáceis de serem compreendidos, o
homem moderno se opõe as instituições tradicionais, como a religião e a
família. Está última tem sido alvo de ataques que procuram ruir os fundamentos
bíblicos e cristãos que servem de âncora para uma família saudável e feliz.
Nesta lição, estudaremos que a família cristã é um centro por meio do qual as
bênçãos divinas devem fluir sobre toda a terra (Gn 12.3).
I- O IDEAL DA FAMÍLIA
1. O
propósito de Deus (Gn 2.18-24).
Deus
criou a família para ser um centro de comunhão entre homem e mulher e os filhos
gerados dessa relação. A família seria um núcleo irradiador das bênçãos divinas
e realizações humanas. O trabalho (Gn 2.15), a subsistência (Gn 1.29,30), o
lazer (Gn 2.1-3), o prazer e pro- criação (Gn 1.28), e os papéis sociais dos
membros da família (Gn 2.24), estavam interligados harmoniosamente com o
propósito do Criador. Deus vira que não era bom que o homem estivesse só (Sl
68.6), e, por isso, criou-lhe a família (Gn 2.18).
A
solidão é um agravo à saúde psicofísica da criatura humana e, por mais esta
razão, o Senhor não deixaria a criatura feita à sua imagem sem um semelhante
para comungar e expressar tudo quanto recebera da parte de Deus. Homem e
mulher, portanto, fazem parte do mesmo projeto divino e ambos são responsáveis
pela harmonia familiar, desenvolvimento da afetividade e crescimento pessoal É
na família que podemos crescer no conhecimento do Senhor (Os 6.3), amadurecer
nossas emoções, e nos desenvolver como pessoas plenamente realizadas (Lc 1.80;
2.52).
2. O pecado
(Gn 3).
O
pecado é uma ofensa contra Deus (Rm 3.23), e o próximo (Mt 6,14). Ele afasta as
pessoas tanto de Deus como do outro, A primeira crise familiar foi provocada
pela desobediência ao mandato divino (Gn 3.11), pela falta de franqueza e
transparência no diálogo (Gn 3.1-5,12,13). e pelo egoismo na satisfação das
necessidades pessoais (Gn 3.6). Nesta crise encontram-se os infortúnios que atingem
a família hodierna: desobediência, falta de diálogo, egoísmo e medo.
O
primeiro registro bíblico da palavra “medo”, ''temor” ou “pavor” acha-se em
paralelo ao problema do mal moral ou da Queda. Diz a Bíblia: "E chamou o
Senhor Deus a Adão e disse- lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar
no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me” (Gn 3.9,10). O medo, segundo
Gênesis, é produto do pecado, ou melhor, da perda da comunhão com Deus. Não há
medo quando o crente está na relação certa com o Criador! Enquanto Adão
mantinha-se em harmonia e comunhão com Deus, nada o atemorizava. O medo não
existia antes da Queda, mas assumiu o controle das emoções humanas quando a
criatura fora suficientemente corajosa para desobedecer o mandamento divino!
3. O lar
abençoado por Deus (Sl 128.1-6).
Pelo
fato de os homens serem pecadores, nenhuma família será perfeita, porquanto as
pessoas que a compõe são imperfeitas. É preciso entender isso e não exigir dos
familiares uma perfeição impossível de alcançar. Comece dando- lhes o exemplo.
Aceite e ame-os com todo desprendimento. O amor tudo suporta (1 Co 13.7: Ef
4.2: CL 3.13). Todavia, o lar pode e deve ser um Lugar onde as bênçãos do
Senhor estão presentes.
O
fundamento para a felicidade no Lar são o temor ao Senhor e a submissão aos
seus mandamentos (v.1). Observando deste modo, as realizações pelas quais a
sociedade tanto Labuta fluiriam naturalmente no lar: prosperidade financeira e
realização no trabalho (v.2), completa realização no matrimônio e na criação
dos filhos (v.3); porque assim é abençoado aquele que teme ao Senhor (v.5).
Pense!
Cada
membro da família é responsável pela unidade e harmonia doméstica. O que você
está fazendo para essa harmonia?
O Ponto Importante
A
bênção do Senhor está sobre a família cujo fundamento é Cristo.
II - O SIGNIFICADO DE “HONRAR PAI E MÃE” (Éx
20,12; Ef 5.22,23; 6.1,2)
1.
Obediência.
O
mais básico sentido de honrar os pais é obedecê-los (Pv 4.1-4;
23.22).
Segundo a Bíblia, a desobediência aos pais implica em duras indigências e maldições
(Pv 20.20; 30.17: Êx 21.15; Lv 20.9). Contudo, um filho submisso é a alegria
dos pais (Pv 10.1; 13.1; 15.20). Neste aspecto, honrar os pais significa
respeitá-los, obedecê-los e acatar seus conselhos.
O
mandamento de honrar pai e mãe é incondicional, imutável e vigente pelo tempo
que os pais viverem. Infelizmente, alguns acham que tornar-se adulto e contrair
matrimônio são ocasiões para livrarem-se dos pais. Em nenhuma fase da vida a
pessoa está livre do cumprimento dessa ordem.
2.
Provisão.
O
segundo sentido do mandamento é prover os pais em suas necessidades. Qualquer
teoria ou prática que pretenda desobrigar os filhos dessa responsabilidade
contradiz as Escrituras (Mc 7.10-13). De acordo com Jesus, sustentar os pais na
velhice (Mc 711-13) era um mandamento que não poderia ser anulado pela
tradição. O Novo Testamento ensina o apreço e consideração pelos pais na
velhice. Timóteo foi proibido por Paulo a repreender asperamente um ancião.
Deveria admoestar os idosos como a pais e mães (1 Tm 5.1,2), e as viúvas com
mais de sessenta anos deveriam ser registradas na lista oficial de “viúvas da
igreja" (vv.9,11). Todavia, a responsabilidade de cuidar dos pais em
avançada idade era dos parentes próximos: “Mas se alguém não tem cuidado dos
seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o
infiel" (v.8). Cuidar dos pais implica em suprir suas carências materiais
(Sl 3725) e não desprezá-los na velhice (Pv 23.22). Na morte, Jesus lembrou-se
do cuidado devido à sua mãe (Jo 19.26,27), traduzindo deste modo o solicito
pedido do salmista ao Senhor: "Não me rejeites no tempo da velhice; não me
desampares, quando se for acabando a minha força” (Sl 71.9).
3.
Preservação moral.
O
terceiro aspecto do mandamento é a preservação moral dos pais. A observação a
esse preceito trouxe bênçãos para Sem e Jafé, mas a desobediência incorreu em
maldição para Canaã (Gn 9.20-29), Isto implica em não expor os pais ao
ridículo, divulgar suas fraquezas, debochar da senilidade dos pais, entre
outras (Pv 11.13; 19 26). Atente para o conselho de Provérbios 30.17.
Lembre-se: “A glória dos filhos são seus pais” (Pv 17.6),
O Pense!
Honrar
os pais é o primeiro mandamento com promessa: prosperidade e vida longa! Não
almejas tais bênçãos?
Ponto Importante
Desonrar
os pais é ofender Àquele que nos deu o mandamento: o Senhor.
III - A COMUNICAÇÃO NA FAMÍLIA (Sl 1914; 1413;1
Co 15.33)
1. A arte
da comunicação familiar.
Há
um interesse social cada vez maior na arte da comunicação. Contudo, muito
empenho é feito na área do crescimento profissional e pouco para melhorar a
comunicação doméstica. Há pessoas que conversam com todos no trabalho, na
escola e na igreja, mas são de poucas falas com a família. Não têm interesse no
diálogo com os pais, filhos, irmãos, esposa. Comunicam-se mais pelas redes
sociais com os estranhos, enquanto se fazem estranhos à própria família. A
única coisa que comunicam é quando diz respeito às necessidades pessoais.
Sabe-se que é impossível não se comunicar.
As
pessoas estão sempre se comunicando, seja com gestos, seja com posturas ou tom
de voz. Até mesmo ficar em silêncio é uma forma de comunicação. O receio que
alguns possuem em se comunicar na família reside no fato de que o diálogo
modifica, muda ou afeta os sujeitos da comunicação. Quando os membros
familiares interagem constantemente por meio do diálogo, eles estimulam e
reforçam o que está sendo dito por meio de atitudes e gestos de modo que a
comunicação define e aprofunda o relacionamento na família (Cl 3.16,7). A
comunicação, portanto, influencia o comportamento e as atitudes das pessoas.
2. Como
melhorar a comunicação na família (Tg 3).
Toda
família é singular. Não existe uma família que seja igual a outra. Deste modo,
não se pode receitar regras para se estabelecer a comunicação doméstica, mas é
possível observar algumas normas gerais.
Primeiro, procure
conversar a respeito daquilo que interessa ao outro (Pv 10.32).
Segundo, seja atencioso
ao seu interlocutor (Pv 15.23) Terceiro, use palavras educadas e afáveis (Pv
15.1,4; 16,24).
Quarto, resista à
tentação de interromper a conversa (Pv 15.31).
Quinto, não
atenda as redes sociais enquanto conversa.
Sexto, não
ofenda e, se ofendido, mostre tolerância (v.17).
Sétimo, respeite
e não fale mal dos outros (Tg 4.11).
Oitavo, rompa as
barreiras que foram erguidas devido os problemas do passado, Nono, perdoe e
aceite o perdão de seus parentes. Pai, mãe, irmãos e irmãs são laços que se
estabelecem para sempre. Décimo, frequente as reuniões e celebrações
familiares.
3. Comece
por você.
A
mudança para uma comunicação frutífera na família deve começar por você. Seja o
exemplo! Não espere que o outro tome a iniciativa, Portanto, mostre-se aberto
ao diálogo em família. Procure conhecer o perfil e áreas de interesse dos seus
familiares. Começar um diálogo a partir daquilo que seu parente gosta é um bom
início. Vença a barreira que a racionalidade impôs ao homem moderno e aprenda a
demonstrar seus sentimentos. Diga aos seus pais, irmãos e irmãs o quanto você
ama-os. Tome a iniciativa e crie oportunidades e ambiente propício à
comunicação.
O Pense!
Não
escolhestes a família a qual pertences, mas tens a oportunidade de torná-la uma
grande bênção.
Ponto Importante
A
família é um presente de Deus para o pleno desenvolvimento de nossa humanidade.
SUBSÍDIO
“Família,
Centro de Comunhão
Deus é quem decidiu criar a família. Esta foi formada para ser um
centro de comunhão e cooperação entre os cônjuges. Um núcleo por meio do qual
as bênçãos divinas fluiriam e se espalhariam sobre a terra (Gn 1.28). Não era
parte do projeto célico que o homem vivesse só, sem ninguém ao seu lado para
compartilhar tudo o que era e tudo o que recebeu da parte de Deus. pois o homem
sente-se pessoa não apenas pelo que é, mas também quando vê o seu reflexo no
outro que lhe é semelhante.
Portanto, a sentença divina ecoada nos umbrais eternos expressa o
amor e o cuidado celeste para com a vida afetiva do homem. O próprio Deus não
estava solitário na eternidade, mas partilhava de incomensurável comunhão com o
Filho e o Santo Espírito, Deus é um ser pessoal e sociável às suas criaturas
morais. No entanto, contrapondo a natureza divina à humana, concluímos que o
intrínseco relacionamento entre a divindade e o ente humano dá-se em níveis
transcendentais, metafísicos. Por conseguinte, faltava ao homem alguém que lhe
fosse semelhante, ossos dos seus ossos, carne de sua carne, alguém que se
chamasse ‘varoa’ porquanto do 'varão' foi formada. Essa correspondência não foi
encontrada nos seres irracionais criados, mas na criatura tomada de sua própria
carne e essência.
A mulher era ao homem o vis-à-vis de sua existência. Seu reflexo.
Partida e chegada. O homem e a mulher se identificam mutuamente por
compartilharem da mesmíssima imagem divina: 'E criou Deus o homem à sua imagem;
à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou' (Gn 1.27)" (BENTHO,
Esdras C. A Família no Antigo Testamento. i.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.
24).
CONCLUSÃO
O
Senhor deu a você uma família para o pleno desenvolvimento de seus dons e
competências. A família é o primeiro núcleo social no qual todos os homens são
inseridos. E nela que o indivíduo se descobre diferente do outro, constrói sua
identidade e inicia sua descoberta do mundo e do mistério da vida. Portanto,
valorize seus pais, irmãos e irmãs, avós e avôs, tios e tias, primos e primas.
Construa um ambiente o qual você possa chamar de “lar”, que sirva-te de
refúgio, fortaleza e escola.
HORA DA REVISÃO
1.
Qual o propósito de Deus ao criar a família?
Ser um centro de comunhão entre homem e mulher e os filhos gerados
dessa relação.
2.
Quais os dois fundamentos da bênção do Senhor na família?
O temor ao Senhor e a submissão aos seus mandamentos.
3.
Procure no dicionário os significados da palavra “honra".
Conjunto de ações e qualidades que fazem com que alguém seja
respeitado.
4.
Cite e comente os três aspectos do mandamento de honrar os pais.
Obediência aos seus ensinos, provisão de suas necessidades e
preservação de sua vida e honra.
5.
Cite duas normas para melhorar a comunicação na família.
Conversar
a respeito do que interessa o outro (Pv 10.32) e ser atencioso ao interlocutor