A CRIAÇÃO DOS CÉUS
Gênesis 1:1 “No princípio, criou Deus...” . Essas
quatro primeiras palavras da Bíblia representam o alicerce da fé. Creia nelas e
será capaz de acreditar em tudo que está escrito na Bíblia. Gênesis contém o
único relato legítimo da criação. Além disso, fornece sentido e propósito para
pessoas de todas as idades, e seu
conteúdo vai muito além do que todos somos
capazes de absorver. Em vez de tentar provar a existência de Deus, o texto inicia-se
pressupondo isso como um fato.
A
Bíblia chama de insensato (SI 14:1; SI 53:1) aquele que escolhe negar a
existência de Deus. Assim como as Escrituras abrem falando de Deus, ele deve ser
também o primeiro em nossa vida.
No
princípio, criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1). A palavra céu, em hebraico,
está no plural.
TRÊS
CÉUS MENCIONADOS NA BÍBLIA
Deus
criou todos os três:
Primeiro céu — lar
dos pássaros e das nuvens (Dn 4.12; Mt 6.26).
Segundo céu — lar
do sol, da tua e das estrelas (Sl 19.1).
Terceiro céu — lar
dos anjos e dos santos que se foram (2 Co 12.2).
O DEUS DA CRIAÇÃO
(1)
Deus se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno, auto-existente e como a
Causa Primária de tudo o que existe. Nunca houve um momento em que Deus não
existisse. Conforme afirma Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou que tu
formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl
90.2).
Noutras
palavras, Deus existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo finito.
Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra, está acima e independe dela
(ver 1Tm 6.16 nota; Cl 1.16).
(2)
Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua imagem” (1.27;
ver 1.26 nota).
Porque Adão e Eva foram criados à imagem de Deus, podiam comunicar-se com Ele,
e também com Ele
ter
comunhão de modo amoroso e pessoal.
(3)
Deus também se revela como um ser moral que criou tudo bom e, portanto, sem
pecado.
Ao terminar Deus a obra da criação, contemplou tudo o que fizera e observou que
era “muito bom” (1.31).
Posto
que Adão e Eva foram criados à imagem e semelhança de Deus, eles também não
tinham pecado (ver 1.26 nota). O pecado entrou na existência humana quando Eva
foi tentada pela serpente, ou Satanás (Gn 3; Rm 5.12; Ap 12.9).
A ATIVIDADE DA CRIAÇÃO
(1)
Deus criou todas as coisas em “os céus e a terra” (1.1; Is 40.28; 42.5; 45.18;
Mc 13.19; Ef 3.9; Cl 1.16; Hb 1.2; Ap 10.6). O verbo “criar” (hb.“bara”) é usado
exclusivamente em referência a uma atividade que somente Deus pode realizar.
Significa que, num momento específico, Deus criou a matéria e a substância, que
antes nunca existiram (ver 1.3 nota).
(2)
A Bíblia diz que no princípio da criação a terra estava informe, vazia e
coberta de trevas (1.2).
Naquele
tempo o universo não tinha a forma ordenada que tem agora. O mundo estava
vazio, sem nenhum ser vivente e destituído do mínimo vestígio de luz. Passada
essa etapa inicial, Deus criou a luz para dissipar as trevas (1.3-5), deu forma
ao universo (1.6-13) e encheu a terra de seres viventes (1.20-28).
(3)
O método que Deus usou na criação foi o poder da sua palavra. Repetidas vezes
está declarado:
“E disse Deus...” (1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26). Noutras palavras, Deus falou
e os céus e a terra passaram a existir. Antes da palavra criadora de Deus, eles
não existiam (Sl 33.6,9; 148.5; Is 48.13; Rm 4.17; Hb 11.3).
(4)
Toda a Trindade, e não apenas o Pai, desempenhou sua parte na criação.
(a)
O próprio Filho é a Palavra (“Verbo”) poderosa, através de quem Deus criou
todas as coisas. No prólogo do Evangelho segundo João, Cristo é revelado como a
eterna Palavra de Deus (Jo 1.1). “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem
Ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3).
Semelhantemente,
o apóstolo Paulo afirma que por Cristo “foram criadas todas as coisas que há nos
céus e na terra, visíveis e invisíveis... tudo foi criado por Ele e para Ele”
(Cl 1.16). Finalmente, o autor do Livro de Hebreus afirma enfaticamente que
Deus fez o universo por meio do seu Filho (Hb 1.2).
(b)
Semelhantemente, o Espírito Santo desempenhou um papel ativo na obra da criação.
Ele é descrito como “pairando” (“se movia”) sobre a criação, preservando-a e
preparando-a para as atividades
criadoras
adicionais de Deus. A palavra hebraica traduzida por “Espírito” (ruah) também
pode ser traduzida por “vento” e “fôlego”. Por isso, o salmista testifica do
papel do Espírito, ao declarar: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e
todo o exército deles, pelo espírito (ruah) da sua boca” (Sl 33.6). Além disso,
o Espírito Santo continua a manter e sustentar a criação (Jó 33.4; Sl 104.30).
Obs.
Subsídios “alternativos” para a
lição bíblica de adulto.
Trimestre:
4° de 2015 - Por Jair Alves