13-09-2015
– Jovens
TEXTO
DO DIA
“E, perseverando
unânimes todos os dias no templo e partindo 0 pão em casa, comiam juntos com
alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo 0
povo." (At 2.4647a)
SÍNTESE
A ordem de Jesus
Cristo de pregar 0 evangelho a todas as pessoas pode ser obedecida com a
utilização, sábia e prudente, dos meios de comunicação.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA
-
Mt 5.14-16 - Somos a luz do mundo
TERÇA - Jo 13.15 - Jesus é o nosso
referencial
QUARTA- lTs 1.6,7 - Uma igreja exemplar
QUINTA - At 10.1-48 - Um “ímpio’’
exemplar
SEXTA - lPe 212 - A Igreja deve ter um
bom exemplo
SÁBADO -1 Pe 5.1-3 - A liderança deve
servir de exemplo
OBJETIVOS
CONHECER a respeito da reputação de Cristo
e da igreja do primeiro século.
DISCUTIR a respeito dos malefícios da
superexposição midiática da igreja evangélica.
COMPREENDER que devemos utilizar a
mídia de forma sábia e prudente.
INTERAÇÃO
Prezado
professor, nesta lição estudaremos acerca da exposição midiática da igreja. É
importante enfatizar, no decorrer da lição, que utilizar a mídia para anunciar
a Palavra de Deus não é errado, desde que o objetivo seja glorificar o nome do
Senhor. A tevê é um veículo de comunicação de massa, seu poder de alcance é
muito grande. Porém, precisamos utilizar este recurso midiático com sabedoria e
coerência, nunca para proveito próprio. Infelizmente alguns utilizam este
veículo com o objetivo de se tomarem famosos.
A
fama é efêmera e existe uma diferença entre ser famoso e ser bem-sucedido. Os
cristãos do primeiro século não lutaram para se tomarem famosos, porém eles
foram bem-sucedidos em sua missão. Muitos, erroneamente, acreditam que o
crescimento de uma igreja ou denominação se dá apenas pela utilização da mídia,
em especial a TV, mas quem sustenta a Igreja é faz com que ela cresça de modo
saudável é o Senhor Jesus Cristo.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Escreva no
quadro os perigos da superexposição midiática da igreja evangélica,
relacionados abaixo. Discuta com os alunos esses pontos. Conclua explicando que
só devemos fazer uso da mídia, em especial a televisão, para glorificar o Nome
do Senhor.
Os perigos da superexposição midiática da
igreja evangélica:
• A briga
pela audiência e a necessidade de apresentar sempre algo novo que agrade o
público.
• Buscar a
fama e o sucesso pessoal e não glorificar o nome do Senhor.
• Ter um
discurso que agrade a todos, dando enfoque às mensagens de autoajuda.
• Criar a
impressão de que o crescimento da igreja se dá única e exclusivamente pela
utilização da mídia.
• Utilizar
todos os recursos financeiros para pagar programas de televisão e não investir em
missões ou na própria igreja.
TEXTO
BÍBLICO
1
Tessalonicenses 1.6-10
6 E vós
fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita
tribulação, com gozo do Espirito Santo,
7 de
maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia.
8 Porque
por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também
em todos os lugares a vossa fé para com Deus se
espalhou,
de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma;
9 porque
eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como
dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro.
10 e
esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus,
que nos livra da ira futura.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste
domingo estudaremos acerca da exposição midiática da Igreja. Desde os tempos de
Constantino, em nenhum outro tempo a Igreja foi tão amplamente exposta.
Milagres, ou algo parecido, dividem 0 horário nobre da TV aberta com novelas e
outras programações. Até quando a “espetacularização da fé” auxilia o
verdadeiro Evangelho?
Como buscar
formas alternativas de evangelização sem parecer que estamos envolvidos na
mesma competição religiosa por “almas”? Eis o nosso desafio.
DA IGREJA
DO PRIMEIRO SÉCULO
1. João
Batista e Jesus Cristo.
A
postura de João Batista em relação a Jesus, e a do último a respeito do
primeiro, demonstram nitidamente o que significa saber conviver com a “fama” e
com o “declínio” desta (Jo 1.26,27,29-34;
3.22-30;
Lc 7.28).
Na
realidade, a fama de ambos não era algo que eles buscassem, pois ela veio em
função do ministério de cada um (Mt 3.4-6; Lc 414; 7,17), Quanto ao que
vulgarmente poderíamos classificar como
declínio,
na verdade é o cumprimento da vocação soberana de Deus para ambos (Mt 16.21-23;
Jo 3.28,30). Acabando-se o tempo de trabalho de cada um, inicia-se um novo
ciclo e, com ele, vem a saída de um sendo a oportunidade estendida a outro.
2. Os
pilares da notoriedade da igreja que nasceu no Cenáculo.
A
Palavra de Deus revela-nos que a igreja nascida no cenáculo, após ter sido
revestida de poder (At 1.8; 2.1-13), e ter um crescimento inicial que saltou
dos “quase 120” para os quase três mil, perseverava “na doutrina dos apóstolos,
e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2.42). Esses quatro
pilares — doutrina, comunhão, partilha e espiritualidade — proporcionaram
segurança à igreja, resultando na confiança e na adesão popular que ela passou
a desfrutar na sociedade daquela época (At 2.47).
3. Uma
igreja formada por pessoas comuns.
É
muito perigoso idealizar o passado ou pessoas. Tiago falou acerca desse assunto
ao dizer que o profeta Elias era um homem comum, ou seja, como qualquer um de
nós (Tg 5.17,18). Uma vez que a igreja do primeiro século era formada por
pessoas, ela não era perfeita, pois também possuia os seus problemas e
dificuldades (At 15.1-39; Gl2.9-14). Não obstante, é preciso destacar que na
perseguição, nas lutas e até nas desavenças essa igreja jamais deixou de
cumprir a sua missão (At 8.4; 15.36-39).
O Pense!
Como
se deu a influência da Igreja do primeiro século se ela não era numericamente
volumosa?
Ponto
Importante
Saber
respeitar o período de atuação de cada ministério, ou de cada pessoa ou grupo,
que serve a Deus em uma determinada sociedade e tempo, também é uma forma de
adoração.
II
- A SUPEREXPOSIÇÃO MIDI- ÁTICA DA IGREJA EVANGÉLICA
1. A mídia
como meio de divulgação.
É
impossível ignorar o valor da mídia no que diz respeito à comunicação. Contudo,
é fato que há diferentes públicos, e estes reclamam programações específicas.
Quem apresenta um programa e quer manter a audiência sabe que precisa garantir
a satisfação do público-alvo. Assim, se o objetivo de quem comunica é alcançar
um grupo e cativá-lo, certamente deverá criar uma identidade de forma que as
pessoas possam ter certeza de que sempre haverá, no mesmo programa, algo novo.
De acordo com esse raciocínio, como é que a igreja deve portar-se ao utilizar
os meios de comunicação? (Mt 5.13-16).
2. E a
igreja descobriu a mídia.
Sem
falar da mídia impressa, que é utilizada desde o surgimento da igreja
evangélica brasileira, há mais de sessenta anos as igrejas começaram a utilizar
o rádio. Vinte anos depois, foi a vez da televisão. A partir de então, muitas
igrejas passaram a utilizar os meios de comunicação como forma de alcançar as
pessoas comia Palavra de Deus.
3.
Qualidade da programação evangélica.
Com
o crescimento exponencial das denominações evangélicas, há uma diversidade de
mídias utilizadas. Estas são definidas segundo a filosofia de trabalho e as
condições financeiras de cada denominação. É inevitável também reconhecer que
as prioridades inverteram-se. A programação não é mais totalmente voltada para
os não crentes. Para garantir audiência e, principalmente, cooptar novos
contribuintes, é possível perceber algumas apelações sensacionalistas que, em
vez de glorificarem o nome de Cristo, acabam por envergonhá-lo (Rm 2,24).
Pense!
É
legítimo utilizar os meios de comunicação, e nestes, apelar para o
sensacionalismo como forma de propagar a mensagem evangélica?
Ponto
Importante
No
afã de conquistar adeptos, muitas denominações se excedem na mídia, e isso tem
trazido escândalo ao Evangelho de Cristo.
III -
USANDO A MÍDIA DE FORMA SÁBIA E PRUDENTE
1. Uma
igreja famosa pelas suas boas ações.
Estarmos
expostos é uma consequência inevitável, mas a questão é: Como estamos sendo
vistos? Por qual razão, ou motivo, estamos sendo conhecidos? A igreja em
Tessalônica tornou-se notória pelas suas ações positivas e benéficas (1 Ts
1.6-9).
2. O
cuidado na utilização da mídia.
Na
edição de novembro de 2004, o jornal Mensageiro da Paz, publicou um artigo do
pastor José Wellington Costa Júnior sobre o “papel da mídia evangélica”, do
qual destacamos o seguinte: “Sob o aspecto do 'Ide' de Jesus, é interessante
que procuremos o maior número possível de caminhos para a divulgação de sua
mensagem salvadora, mas sem precisar 'inventar' milagres ou usar o Evangelho
para fazer sensacionalismo. Sabemos que Jesus Cristo cura enfermos, transforma
vidas, expulsa demônios, mas a sua principal mensagem é que Ele salva e perdoa
pecados.
O
próprio Jesus, quando operava algum milagre, orientava para que não houvesse
divulgação. Isso quer dizer que as pessoas devem se sentir atraídas não pelo
sensacionalismo evangélico, que às vezes temos visto em programas de televisão,
mas pelo poder da mensagem da Palavra de Deus”.
3. O
Evangelho deve ser pregado através da mídia?
Não
há dúvida de que devemos utilizar os meios de comunicação para anunciar o
Evangelho. Contudo, que o façamos de maneira sábia e relevante, pois não
podemos lidar com vidas como se estivéssemos negociando, atitude esta que,
inclusive, é condenada na Bíblia (1 Tm 6.1-21; 2 Pe 2.3). Além disso, temos de
ter cuidado para não envergonharmos o nome de Cristo pela forma de nos
apresentarmos.
Pense!
Como
os evangélicos têm se tornado conhecidos no país?
Ponto Importante
Em
termos de Evangelho e na perspectiva de Cristo, é preciso entender que a
relação entre relevância e número, nem sempre será tão evidente.
SUBSÍDIO
1
O papel da
mídia evangélica
A mídia evangélica no Brasil é um assunto que deve ser abordado pelo
menos sob dois aspectos. Em primeiro lugar, tomemos como base o texto de Marcos
16.15, que assim nos diz: ‘E disse-lhes: Ide por todo mundo, pregai o Evangelho
a toda a criatura', Todos sabem que estas são palavras do Senhor Jesus
incentivando os discípulos a divulgarem o seu Evangelho. E para isso não podem
existir barreiras ou limitações.
A divulgação da Palavra de Deus tem de ser feita através de todos os
meios de comunicação possíveis que estiverem ao nosso alcance, e esses meios
estão em nossos dias, e cada vez mais sofisticados e penetrantes, Hoje é
possível alcançar um executivo no seu local de trabalho com a Palavra de Deus
sem deixar, no entanto, de alcançar um trabalhador rural.
É necessário que o trabalho de divulgação da Palavra de Deus através
da mídia seja feito com muita responsabilidade, e aqui eu abordo o segundo
aspecto, lembrando o que Jesus disse no Sermão da Montanha: 'Vós sois o sal da
Terra' (Mt 5.13}" (COSTA, JR, José Wellington. O Papel da Mídia
Evangélica. Mensageiro da Paz, ano 74, n. 1.434. Rio de Janeiro: CPAD. 2004,
p.6).
SUBSÍDIO
2
A nossa
preocupação na questão da comunicação do Evangelho é: o que e como comunicar.
Trata-se do conteúdo da mensagem e a forma de apresentá-lo, A forma
deve prender o interesse e a atenção do espectador. O rádio, a televisão e os
computadores, que possibilitam o acesso à internet, representam meios
importantes para a divulgação da Palavra de Deus, mas não devemos copiar nada
do que os programas seculares oferecem, Temos de conservar a nossa identidade,
que caracteriza a nossa seriedade e responsabilidade, Já temos a melhor
mensagem a ser transmitida: a salvação em Cristo Jesus e a vida eterna com
Deus.
O nosso público alvo são as pessoas desgostosas com a vida.
carregando o peso do pecado, sem esperança, cansadas de sofrer e de serem
enganadas pelas religiões que, em alguns casos, estão mais interessadas no
poder aquisitivo de seu público, não se importa com a sua situação espiritual. Portanto,
o nosso papel na midia deve ser o mais transparente possível, não utilizando-a
para promoções pessoais, não demonstrando interesse no retorno financeiro, mas
pregando o Evangelho com responsabilidade’ (COSTA, JR. José Wellington. O Papel
da Midia Evangélica. Mensageiro da Paz, ano 74, n. 1.434. Rio de Janeiro: CPAD,
2004, p.6).
CONCLUSÃO
Utilizar
a mídia para pregar o Evangelho não é uma questão de sobrevivência, pois quem
sustenta a Igreja é o Senhor Jesus Cristo (Mt 16.18). Pregar utilizando a mídia
é algo estratégico, mas só devemos fazê-lo se isso glorificar o nome do Senhor.
HORA
DA REVISÃO
1.
Quais são os quatro pilares da notoriedade da Igreja do primeiro século?
Esses quatro pilares são: ensinamento, fraternidade, partilha e espiritualidade.
2.
Quais critérios utilizam as igrejas para definir suas mídias e as programações?
A filosofia de trabalho e as condições financeiras de cada
denominação.
3.
Por que a igreja deTessalônica ficou conhecida?
A igreja em Tessalõnica tornou-se notória pelas suas ações positivas
e benéficas.
4.
Quais os principais cuidados na utilização da mídia para pregar o Evangelho?
Não “inventar" milagres ou usar o Evangelho para fazer
sensacionalismo.
5. Quais
são os principais perigos da má utilização da mídia pela igreja?
Resposta pessoal.
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