6 de Setembro de 2015
Tento
Áureo:
“
Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm4.7)
Verdade
Prática
A
morte do crente não é o fim, mas a passagem para a glória eterna, na presença
de Deus.
LEITURA
DIÁRIA
SEGUNDA
–
At 9.15,16 - Paulo, um vaso escolhido por Deus para pregar aos gentios
TERÇA – Jd 3 - Batalhando
pela fé que uma vez nos foi dada
QUARTA – Cl 1.29
- Combatendo com eficácia o bom combate
QUINTA – Fp 3.13,14
- Esquecendo as coisas que já passaram
SEXTA – Ap 3.11
- Guardando o que Deus concede para que ninguém tome
SÁBADO – Êx 33.14 - A presença de
Deus traz tranquilidade
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo
4.6-17
6 Porque eu já estou
sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está
próximo.
7 Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a fé.
8 Desde agora, a
coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele
dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
9 Procura vir ter
comigo depressa,
10 Porque Demas me
desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica, Crescente para
Galácia, Tito para Dalmácia.
11 Só Lucas está
comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o
ministério.
12 Também enviei
Tíquico a Éfeso.
13 Quando vieres,
traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros,
principalmente os pergaminhos.
14 Alexandre, o
latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.
15 Tu, guarda-te
também dele, porque resistiu muito às nossas palavras.
16 Ninguém me assistiu
na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja
imputado.
17 Mas o Senhor
assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e
todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.
HINOS SUGERIDOS: 141, 500, 614 da
Harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Desenvolver
uma consciência bíblica a respeito da chegada da morte.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I. Mostrar que, para
o crente, a chegada da morte não traz desespero.
II. Explicar o
sentimento de abandono do apóstolo Paulo.
III. Conscientizar o aluno da
certeza da presença de Cristo nas aflições.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Segundo as Escrituras, a morte se manifesta numa consciência de
vitória na hora de uma aparente derrota: "Alegrai-vos no fato de serdes
participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua
glória vos regozijeis e alegreis" (1 Pe 4.13). Para o crente, a morte não
é o fim, mas o início de uma vida nova, onde a certeza de que "o
aguilhão" da morte já foi retirado e que agora é um passaporte oficial
para a vida eterna com Jesus Cristo (1 Co 15.55). Claro que a experiência da
separação traz dor, angústia e tristeza a qualquer ser humano.
O luto chega de forma inesperada na vida de qualquer pessoa que
sofre a perda de um ente querido. Mas devemos viver as promessas do Mestre na
área da perda humana, conforme Ele nos ensinou: "Quem crê em mim, ainda
que morra, viverá" (Jo 11.25). Um dia nosso corpo será completamente
arrebatado do poder da morte (Rm 8.11; 1 Ts 4.16,17).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Paulo
tem consciência de que seu ministério está chegando ao fim. A segunda Epístola
a Timóteo, na verdade é uma forma, comovente, de dizer adeus ao seu "amado
filho" e à Igreja do Senhor. Paulo exorta Timóteo a respeito da
responsabilidade que é estar na liderança de uma igreja e faz uma revisão do
caminho que havia percorrido em sua jornada com o Salvador: “Combati o bom
combate" (2 Tm 4.7).
Paulo
não estava pesaroso com a partida, pois suas dores e sofrimentos, com certeza,
foram esquecidos, diante da certeza de que fez um bom trabalho e que cumpriu a
missão para qual fora designado pelo Senhor.
A
morte é inevitável. Um dia líderes e liderados terão que enfrentá-la, porém, o
que faz a diferença é a maneira como a encaramos.
PONTO
CENTRAL
Embora a morte traga abatimento para os crentes, os discípulos de
Jesus não se desesperam diante dela, pois tem uma certeza em Cristo: de que
para sempre estaremos com o Senhor.
1
- A CONSCIÊNCIA DA MORTE NÃO TRAZ DESESPERO AO CRENTE FIEL
1.
Seriedade diante da morte.
Enquanto
Timóteo ainda era um jovem obreiro, Paulo já estava idoso (Fm 1,9), e tinha
consciência de que estava no fim de sua longa, sacrificada e honrosa missão (v.
6). Paulo assegura que seu sangue seria derramado como uma oferta de libação.
Esta
era uma oferta de caráter voluntário, “de cheiro suave ao Senhor" (Lv
2.2). Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal, "libação era uma oferta
líquida e consistia em derramar vinho sobre o altar como um sacrifício a Deus".
Não era uma oferta pelos pecados, mas uma oferta de gratidão ao Senhor.
2. A certeza
da missão cumprida (vv.7,8).
No
texto, que indica a consciência da proximidade da partida para a eternidade,
queremos destacar três aspectos:
a)
"Combati o bom combate". Todos os apóstolos de Jesus eram
homens que combatiam “pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd 3). Mas
nenhum teve tantas oposições e ameaças quanto Paulo. Foi um obreiro muito
perseguido, mas nunca desistiu da luta espiritual em prol do evangelho (1 Tm
1.20; 2 Tm 3.11, 12; A.14). Que você também não desista diante das dificuldades
e oposições.
b)
"Acabei a carreira". O texto indica que Paulo se
referia à "pista de corrida", das competições em Atenas e em Roma. Em
sua carreira ou "corrida", ele diz que não olhava para trás, mas para
as coisas que estavam diante dele, prosseguindo "para o alvo, pelo prêmio
da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3.13,14). Muitos começam
a carreira da vida cristã bem, mas desistem ou recuam ante os obstáculos e os
problemas que surgem. O pastor de uma igreja não pode se acovardar diante das
dificuldades, mas firmado em Cristo precisa prosseguir até o final.
c)
"Guardei a fé". Isso quer dizer que Paulo foi fiel a Deus, em
todas as circunstâncias de sua vida cristã. Ele não se embaraçou "com os
negócios dessa vida" e militou legitimamente (2 Tm 2.4,5). Guardar a fé
significa guardar a fidelidade a Cristo e a seus ensinamentos.
O
crente precisa guardar a fé até o seu último momento de vida. Paulo ensinou a
Timóteo e à Igreja do Senhor a respeito desse cuidado. O crente é consolado pela
fé (Rm 1.12); a justiça de Deus é pela fé (Rm 3-22); o homem é justificado pela
fé (Rm 3.28; 5.1; Gl 2.16); o justo vive pela fé (Gl 3.11); a salvação é pela
fé em Jesus (Ef 2.8). Paulo sabia o que era lutar e guardar a "fé que uma
vez foi dada aos santos" (Jd 3).
SÍNTESE
DO TÓPICO I
A vida do apóstolo Paulo é um exemplo de seriedade cristã diante da
morte e uma certeza da missão cumprida.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Professor, em muitas das suas cartas, o apóstolo Paulo afirmava que
estava morto para o mundo e vivo no serviço de Cristo (Fp 1.21-23; 2 Co 5.2).
Entretanto, o tom presente nesta segunda carta a Timóteo parece mais grave e
mais sério.
Neste trecho da epístola, há algumas formas literárias que
ajuda-nos a descrever a gravidade desse tom na epístola, bem como em outras
semelhantes:
1) o reconhecimento de que a morte está próxima;
2) advertências sobre a vinda dos falsos doutores;
3) a designação de sucessores para continuar a tradição apostólica;
4) a correta interpretação de pontos controversos.
Assim, é possível perceber a típica forma de Paulo se comunicar
neste momento de sofrimento; “oferecido por libação sobre o sacrifício e
serviço da vossa fé" (Fp 2.17); "Combati o bom combate e terminei a
carreira" (2 Tm 4.7). Então, a sua última realização foi: "guardei a
fé". O apóstolo sabia que restava pouco tempo de vida.
Sugerimos que você repasse essa explicação aos alunos, logo depois
de expor o primeiro tópico da lição.
II
- O SENTIMENTO DE ABANDONO
1. O clamor
de Paulo na solidão.
No
início da Segunda Carta, Paulo já havia demonstrado que sentia muito a falta de
Timóteo:"[...] desejando muito ver-te [...]" (1.4). No final da
epístola, vemos a súplica de Paulo ao seu filho na fé: "Procura vir ter
comigo depressa" (4.9). Ele também revela o porquê de sua pressa em rever
seu filho na fé.
Vejamos:
a) Demas o
desamparou.
"Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para
Tessalônica" (2Tm 4.10). Demas era um dos cooperadores de Paulo (Cl 4.14;
Fm 24). Porém, será que ele havia se desviado? Não sabemos ao certo. O texto
bíblico mostra que ele abandonou Paulo quando este precisava muito de sua
ajuda. O versículo também afirma que no momento, Demas amava mais o
"presente século" do que o amigo e irmão em Cristo. Os momentos de
adversidade revelam aqueles que são realmente amigos e que nos amam.
b) Só o
médico amado ficou com Paulo. Tíquico foi mandado para Éfeso
(4.12) e só Lucas ficou junto de Paulo (4.11). Lucas, “o médico amado" (Cl
4.14), escritor do livro de Atos dos Apóstolos e cooperador do apóstolo (Fm
24), fez-se presente, dando toda assistência a Paulo. Sem dúvida alguma, fora
providência de Deus. Em idade avançada (Fm 9), Paulo precisava de cuidados
médicos, físicos e emocionais. E ali estava o doutor Lucas, seu amigo, que não
o desamparou.
2. A
serenidade dos últimos dias. "Quando vieres, traze a capa que deixei
em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos"
(v. 13). A prisão de Paulo se deu tão de repente que ele não teve tempo para
reunir suas coisas. Agora, aproximava-se o inverno (v. 21), e Paulo sentia a
necessidade da capa que deixou na casa de Carpo e também dos livros. Sabemos
quão rigoroso é o inverno europeu.
O
texto também nos mostra que até o fim de sua vida, Paulo se preocupou em ler e
estudar. Tem você dedicado tempo ao estudo da Palavra de Deus?
O
seu julgamento, perante a justiça de Roma, poderia demorar alguns dias ou meses.
De qualquer forma, é um eloquente testemunho de que o homem de Deus, quando
está seguro com o Senhor, não teme a morte ou qualquer outra adversidade.
3.
Preocupações finais com o discípulo. Paulo alerta Timóteo a respeito de
"Alexandre, o latoeiro", que foi inimigo do apóstolo (vv. 14,15).
"Tu, guarda-te dele." Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal,
Alexandre pode ter sido uma testemunha contra Paulo em seu julgamento. 0 crente
fiel sempre vai encontrar pessoas difíceis em sua caminhada, por isso, precisa
estar preparados para lidar com toda a sorte de gente, boas e más.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
No
final do seu ministério, estando preso, o apóstolo Paulo sentiu-se sozinho,
abandonado pelos seus pares.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
"Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de
mim; entre os quais foram Fígelo e Hermógenes. 0 Senhor conceda misericórdia à
casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou e não se envergonhou das
minhas cadeias; antes, vindo ele a Roma, com muito cuidado me procurou e me achou,
O Senhor lhe conceda que, naquele Dia, ache misericórdia diante do Senhor. E,
quanto me ajudou em Éfeso, melhor o sabes tu" (2 Tm 1.15-18). Este texto,
mostra com clareza, que o apóstolo Paulo já havia se queixado da solidão. Esta
é uma informação importante que você, prezado professor, deve repassar à
classe. O texto de Paulo expresso no capítulo 4 de 2 Timóteo é de caráter bem
pessoal, demonstrando o sentimento, a pessoalidade e a dor do apóstolo em ser
abandonado por quem deveria apoiá-lo em seu árduo ministério. Enfatize que 2
Timóteo 4 narra os últimos momentos da vida do apóstolo, Podemos afirmar que
temos o privilégio de conhecer os últimos momentos da vida de um grande homem
de Deus, apóstolo Paulo.
III
- A CERTEZA DA PRESENÇA DE CRISTO
1. Sozinho
perante o tribunal dos homens (v. 16).
Nem
Lucas, o "médico amado" se encontrava na cidade, quando Paulo
compareceu a audiência. Mas ele não era murmurador, nem guardou mágoa dos
amigos ausentes. Pelo contrário, demonstrou que os perdoara, pedindo a Deus
"que isto lhes não seja imputado".
A
atitude de Paulo nos faz recordar a postura de Jesus na cruz, quando Ele
exclamou:"[...] Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc
23.34). Podem os amigos e companheiros nos abandonar nos momentos difíceis, mas
Deus é fiel e jamais nos deixa sozinho.
2. Sentindo
a presença de Cristo (v. 17).
Paulo
não tinha a companhia dos amigos e irmãos em Cristo, mas pôde sentir, de perto,
a gloriosa presença de Deus. O Senhor se fez presente e fortaleceu a alma e o
espírito do seu servo. Mesmo estando preso, ele se sentia "livre da boca
do leão", o que pode referir-se ao sentimento de libertação espiritual em
relação a Satanás, ou de Nero, o sanguinário imperador. Ele não foi liberto da
prisão e da morte, pois suas palavras eram de despedida: "Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a fé" (v. 7).
3. Palavras
e saudações finais.
"E
o Senhor me livrará de toda má obra e guardar-me-á para o seu Reino celestial
[...]" (v. 18). Paulo não estava se referindo ao livramento físico da
morte. Ele já havia se despedido de forma muito comovente nos versículos 6 a 8.
Esse texto nos mostra o quanto ele estava tranquilo, aguardando a vontade de
Deus sobre sua vida e o fim do seu ministério. E conclui, saudando seu amigo e
filho na fé, dizendo: "O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito. A
graça seja convosco. Amém!" (v. 22).
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Sozinho,
Paulo se dirigiu ao tribunal para ser julgado, mas com a plena convicção de que
a presença de Cristo estava com Ele.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
”A
graça seja convosco. Estas são as últimas palavras de Paulo nas Escrituras registradas
enquanto ele aguardava o martírio num cárcere romano. Do ponto de vista do
mundo, a vida do apóstolo estava para terminar num trágico fracasso.
Durante
trinta anos, largara tudo por amor a Cristo; pouca coisa ganhara com isso, a
não ser perseguição e inimizade dos seus próprios patrícios. Sua missão e sua
pregação aos gentios resultaram no estabelecimento de um bom número de igrejas,
mas muitas dessas igrejas estavam decaindo em lealdade a ele e à fé apostólica
(2 Tm 1.15). E agora, no cárcere, depois de todos os seus leais amigos o
deixarem, a não ser Lucas (vv.il,l6), ele aguarda a morte" (Bíblia de
Estudo Pentecostal, CPAD, 1995,p.l885).
CONCLUSÃO
Os
últimos trechos da Segunda Carta de Paulo a Timóteo nos ensinam que o servo de
Deus que tem certeza da sua salvação, mediante a obra redentora de Cristo, não
teme a morte. Paulo sabia que a morte física aniquilaria apenas o seu corpo,
mas seu espírito e sua alma (o homem interior-2 Co 4.16) estavam guardados em
Cristo Jesus.
PARA
REFLETIR
A
respeito das Cartas Pastorais:
Qual era o caráter
da oferta de libação?
De
caráter voluntário.
O que era a oferta
de libação?
Segundo
a Bíblia de Aplicação Pessoal, "libação era uma oferta líquida e consistia
em derramar vinho sobre o altar como um sacrifício a Deus". Não era uma
oferta pelos pecados, mas uma oferta de gratidão ao Senhor.
O que Paulo queria
dizer com a expressão "guardei a fé"?
Que
ele manteve-se fiel a Cristo e a seus ensinamentos.
Segundo a lição, o
que significa "guardar a fé"?
Manter-se firme em
Cristo e em seus ensinamentos.
Quem era Demas?
Demas
era um dos cooperadores de Paulo (Cl 4.14; Fm 24).
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