Nota. Lição de Jovens – 3° tri. De 2015 – Rev. De
Professor.
TEXTO
DO DIA
“Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino,
e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares." (Mt 24.7)
SÍNTESE
As epidemias que assolam o mundo apontam para duas coisa: a Queda
do homem e o retorno de Cristo.
AGENDA
DE LEITURA
SEGUNDA - Gn 3.1-24 - A origem das epidemias e doenças
TERÇA - Êx 7-11; 1229-36 - Pragas como punição divina
QUARTA - Dt 7.12-15 - A proteção divina em relação às doenças
QUINTA -Sl 913,6,10 - A
proteção divina em relação à peste
SEXTA -1 Rs 8.37 - A peste existe desde a antiguidade
SÁBADO - Ap 2218 - Distorcer a mensagem traz pragas sobre si
OBJETIVOS
• EXPLICAR qual a origem das epidemias.
• ELENCAR algumas epidemias deste século.
• DISSERTAR a respeito das epidemias escatológicas.
INTERAÇÃO
======Professor, vivemos em um mundo
globalizado. Sabemos que a globalização tem seus aspectos positivos e
negativos. Um dos pontos negativos é o fato de que as epidemias alastram-se com
maior rapidez aumentando o número de vítimas fatais.
Sabemos que o mundo já foi palco de
muitos e terríveis surtos, porém acreditávamos que no século XXI tudo seria
diferente, pois a ciência teria respostas e antídotos para todos os males.
Todavia, o novo século não trouxe as respostas que esperávamos, e mesmo com o
avanço da ciência algumas doenças ainda permanecem sem um antídoto. Então, qual
deve ser a nossa postura como Igreja de Cristo diante das epidemias que surgem
e assolam as cidades? É o que veremos na lição de hoje.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor a sugestão de hoje poderá ser utilizada para
introduzir a lição. Escreva as questões relacionadas abaixo em tiras de papel e
coloque-as em uma caixa. Já na classe, peça que os alunos formem quatro grupos.
Depois, solicite que um aluno de cada grupo abra a caixa
e retire uma tira de papel com a questão. Explique que os grupos terão dez
minutos para discutir o assunto e responder a pergunta. Depois forme um único grupo
onde os alunos vão apresentar suas conclusões.
Ouça-os com atenção e faça as considerações que achar
necessárias. Conclua a atividade enfatizando que mesmo que não tenhamos uma
resposta para todas as questões que surgem, como Igreja do Senhor precisamos
pensar, refletir à luz da Palavra de Deus a respeito das questões que tem
marcado o nosso tempo.
Questões:
• “Qual deve ser a postura do cristão diante das
epidemias?”
• "Podemos afirmar que as epidemias são um castigo
divino para a humanidade que a cada dia se distancia mais de Deus, ou seriam
elas fruto da ação devastadora do homem sobre a natureza?”
• “O que podemos fazer como Igreja para ajudar os que
sofrem?"
TEXTO
BÍBLICO
Deuteronômio
32.24-27
24 Exaustos serão de fome, comidos de 26
carbúnculo e de peste amarga; e entre
eles enviarei dentes de feras, com ardente
peçonha de serpentes do pó.
25 Por fora, devastará a espada, e, por
dentro, o pavor: ao jovem, juntamente com a virgem, assim à criança de mama,
como ao homem de cãs.
26 Eu disse que por todos os cantos os
espalharia; faria cessar a sua memória dentre os homens.
27 se eu não receara a ira do inimigo, para
que os seus adversários o não estranhem e para que não digam: A nossa mão está
alta; o Senhor não fez tudo isso.
INTRODUÇÃO
Neste domingo, a Lição trata de um assunto que preocupa não apenas
as autoridades de saúde, mas a todos, desde os pobres até os mais abastados,
pois quando uma epidemia surge, os meios de comunicação informam
instantaneamente, fazendo com que em poucas horas o mundo inteiro saiba que há
uma nova ameaça à vida.
Neste início de século, algumas epidemias apareceram e
a pergunta que precisamos fazer como Igreja do Senhor é: “Há alguma relação
dessas epidemias com a vinda de Cristo, ou são elas apenas consequência do
desmatamento e descaso com o meio ambiente, aliados à desenfreada e crescente
produção alimentícia de origem animal?”
Procuraremos, à luz da Bíblia, refletir sobre essa questão,
cientes de que a vontade de Deus é Levada a efeito de muitas formas, mesmo
quando os homens pensam que estão agindo autonomamente ou à parte do Criador
(Ec 3.1; 8.6,7).
I
- A DESOBEDIÊNCIA - CAUSA DAS EPIDEMIAS
1. A desobediência humana como fonte das
enfermidades.
Desde quando o ser humano resolveu rebelar- se contra Deus, o mundo
teve sua condição negativamente alterada, possibilitando o surgimento de
doenças e enfermidades (Gn 3.1-24). TaL situação só será revertida quando Cristo
instaurar, definitivamente, o seu Reino (Ap 21.4).
No tempo do Antigo Testamento e até mesmo ainda no do Novo, havia
a equivocada ideia de que as enfermidades eram decorrentes de algum pecado
pessoal (Lc 13.16; 2 Co 12.7-9). É o caso de Jó (Jó 2.7) e do cego de nascença
(Jo 9.1-3), só para ficar com dois exemplos, Porém, tal raciocínio não pode ser
aplicado a todos os enfermos, pois muitas doenças não são fruto de pecados
pessoais.
2. A quebra do concerto com Deus traria
terríveis consequências a Israel.
No último de seus discursos, Moisés falou ao povo de Israel que a
desobediência significaria rebelião e, consequentemente, a quebra do concerto
com o Senhor, que “esconderia o seu rosto" (Dt 32.20), ou seja,
abandonaria o povo à própria sorte, assim como fez com a geração anterior (Dt
32.5-7.15-21).
As pragas, doenças e pestes que o Senhor impedira que viessem
sobre Israel (Dt 7.12-15), por causa da desobediência, viriam sobre o povo
escolhido por permissão do próprio Deus (Dt 32.24-27).
Isto sucede pela simples verdade de o Senhor ser justo, pois se as
outras nações foram punidas por tal desobediência, Israel, que conhecia o
Eterno Deus, seria tratado com muito mais rigor (Dt 31.27,29).
3. A “função" das pragas do Egito.
A "função” das pragas do Egito (Êx 7—11;12.29-36), e em
qualquer outro lugar, é sempre a mesma: quebrar a arrogância, demonstrar que a
humanidade depende de Deus, não pode viver à parte dEle e precisa
reconhecer-lhe a soberania.
Acima de tudo, o teólogo Victor Hamilton, autor do Manual do
Pentateuco (CPAD), diz que a “ênfase no conhecimento do Senhor alça as pragas
para além de sua função de castigar severamente. As pragas não são uma vingança
contra Faraó. O Senhor não tem a intenção de deixar no Egito um Faraó arrasado
e destruído, nem tenciona fascinar o governante egípcio com uma exibição de
milagres”.
Conclui-se, então, que o objetivo principal era demonstrar que
existe, perante as divindades pagãs, “o verdadeiro Deus” (Êx 12.12; Nm 33.4).
Se ainda assim os homens não reconhecem o Senhor e endurecem o coração, a
responsabilidade recai exclusivamente sobre eles (Rm 1.20).
Pense!
Qual era o objetivo da punição divina no mundo antigo?
O
Ponto Importante
É preciso ter cuidado em relacionar as enfermidades com o
pecado.
II - EPIDEMIAS DESTE SÉCULO
1. Sars.
Mesmo
estando no tempo da graça, Deus manifesta seu poder por meio de pestes que
despertam a humanidade e demonstram a esta ser impossível construir o mundo
perfeito à parte do Criador (1 Ts 5.3). O século 21, marcado pela tecnologia e
o avanço científico, foi surpreendido, em novembro de 2002, com o aparecimento
de uma epidemia moderna. Surgida no sul da China e popularizada em 2003, a Sars
— Síndrome
Respiratória Aguda Grave
— em poucos dias
infectou mais de oito mil pessoas, com surtos em cerca de 30 países, fazendo
aproximadamente 800 vítimas em todo o mundo. Apesar de não mais se ouvir falar
sobre esta primeira epidemia mundial, ela acabou por despertar a humanidade
para o fato de que, mesmo com todos os avanços científicos, a fragilidade
humana ainda é real e a sonhada imortalidade não passa de ficção (Is 51,12).
2. Gripe Aviária.
Em
2005, o mundo assustou-se com a chamada gripe aviária, doença que já existe há
séculos, mas que ressurgiu de modo surpreendente trazendo prejuízos à economia
mundiai, particularmente ao Brasil, grande exportador de aves.
À
época, a conjectura de que a influenza H5N1, nomenclatura cientifica da
epidemia, fosse o "retorno" da gripe espanhola (pestilência que matou
milhões de pessoas no mundo todo no início do século passado), aumentou o
pânico e o terror entre as pessoas. A Organização Mundial de Saúde (OMS)
informa que a gripe aviária fez, desde 2003, 331 vítimas fatais. Também matou
ou provocou o abate de mais de 400 milhões de aves domésticas em todo o mundo,
causando um dano econômico estimado em 31 bilhões de reais.
O vírus tinha sido
eliminado da maioria dos 63 países infectados no pico da doença em 2006, que
viu 4.000 focos em todo o mundo. No entanto, continua endêmico em alguns países
asiáticos e, em 2010, as autoridades alertaram para o possível ressurgimento
mundial da doença.
3. Gripe Suína.
Quando
o mundo ainda encontrava-se assustado pelo surto da gripe aviária, em 2009 mais
uma doença de origem animal surgiu: a gripe suína (influenza H1N1). Quando o
primeiro surto apareceu no México, havia a suspeita de 149 mortes pelo contágio
do vírus. O Brasil, país afetado pela gripe suína, registrou 1.705 mortes em
2009, e em 2010, cerca de 50 vítimas.
Dados
da OMS confirmam que a também chamada “gripe A”, foi responsável por quase 12
mil mortes em todo o mundo. Apesar de controlada, autoridades governamentais ao
redor da Terra ainda seguem vacinando as suas populações contra a gripe suína.
Pense!
Você acha que o silêncio da mídia significa que a epidemia se
extinguiu?
Ponto
Importante
Apesar de, nas cidades' de menor porte e interioranas, quase não se
falar da existência dessas epidemias, sabe-se que muitos surtos, até mesmo não
detectados, também se abatem sobre esses locais.
II - EPIDEMIAS ESCATOLÓGICAS
1.O início do
tempo do fim.
O
“tempo do fim" será marcado também por graves pestilências, Entretanto, é
bom notar que ainda não será o fim, mas o começo deste (Mt 24.6-8; Lc 21.9).
2. Pestes
apocalípticas.
Em
toda a história, a humanidade sempre presenciou o surgimento de pestilências e
pragas que devastaram populações inteiras. As do presente século, apesar de
terem dizimado muitas pessoas, devido aos últimos avanços científicos, tiveram
uma intensidade bem menor em relação às que as precederam. Todavia, as pestes
apocalípticas, ou seja, as do tempo do fim, serão infinitamente piores do que
tudo que já se viu (Ap 6.8).
3. A igreja diante
das epidemias globais.
Enviadas
como castigo, ou permitidas pelo Senhor para demonstrar a nossa dependência e
finitude, é necessário que a igreja ofereça uma palavra de esperança em meio à
desolação das epidemias. Assim como Moisés intercedeu pelo povo e Deus ofereceu
uma solução (Nm 21,4-9), devemos também assim proceder. Tenhamos, tal como
Davi, compaixão das pessoas (2 Sm 24.10-17).
Pense!
Qual a relação entre as epidemias deste século e a Vinda de Cristo?
O
Ponto Importante
É importante não se fazer especulações a respeito das epidemias,
reputando-as como sinais inequívocos da Vinda de Cristo.
IV
- AS EPIDEMIAS E A MISSÃO DA IGREJA
1. A Obra de
Cristo na Terra.
Qual
foi a missão de Jesus Cristo de Nazaré quando esteve aqui na terra? O que o
Filho de Deus fez? O apóstolo Pedro, na casa de Cornélio, afirmou que Jesus de
Nazaré foi ungido por Deus com Espírito Santo e com virtude, para fazer o bem e
curar a todos os oprimidos (At 10,38).
O
próprio Cristo disse que não veio para ser servido e sim para servir (Mt 20.25-
28; Mc 10.42-45). Afirmou ainda que não veio condenar o mundo, mas salvá-lo (Jo
3,14-17). Se Ele assim fez, qual é o nosso papel?
2. O papel da
Igreja em relação ao mundo.
A
Igreja tem um papel imprescindível na terra: dar continuidade ao trabalho de
Jesus Cristo (Mc 16.15-20; Mt 28,19,20;).
Emílio
Conde escreveu em seu livro Igrejas sem Brilho (CPAD), que a “igreja que não
deseja afastar-se da revelação do Novo Testamento, deve ter sempre presente que
o poder de salvar não foi transferido a nenhum homem nem a qualquer igreja ou
religião: é Cristo quem salva".
3.0 bem como forma
de pregação.
Jesus
não recomenda que se faça uma relação entre pecado pessoal e infortúnio (Lc
13.1-5), O bem deve ser feito, independentemente do tipo de pessoa que estamos
assistindo (Gl 6.10; 1 Ts 5.15; Tg 2.8,9). Por isso, devemos, em todo o tempo,
fazer o bem (Tg 4.17), cuidando daqueles que sofrem, pois essa é uma das melhores
formas de pregar (Mt 5.16).
Pense!
Qual deve ser o nosso papel diante das enfermidades que assolam o
mundo?
O
Ponto Importante
Servir a sociedade é, ainda, uma das formas mais eficazes de pregar
o Evangelho.
SUBSÍDIO
A Globalização e
as Doenças Modernas
Nas últimas décadas, os contínuos avanços na atenção à saúde, com
aumento da expectativa de vida, melhora nas condições sanitárias, piora dos
hábitos alimentares com maior ingestão de alimentos gordurosos, diminuição da
atividade física não programada, entre outros fatores, fazem com que patologias
que previamente tinham pouca expressão na saúde passem a aparecer como
verdadeiras epidemias.
Em entrevista ao Jornal do Comercio, o Dr, Gilberto Ururahy, diretor
da Med-Rio Chek-up e autor do livro O Cérebro Emocional: As emoções e o
estresse do cotidiano (Editora Rocco) faz uma abordagem sobre o impacto da
globalização e as doenças modernas no mundo corporativo. Segundo ele. os
efeitos da globalização vão alem do estado de permanente transformação das
economias e das culturas dos paises. O cenário de intensa mudança provoca
impactos profundos em cada pessoa e o estresse crônico é um desses impactos
mais nocivos, pois ele è o vilão de varias doenças que vêm afetando executivos
e, consequentemente, as empresas na ultima década (GABY, Wagner Tadeu dos
Santos. As Doenças do Século, 1, ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. g).
Caro
professor
Se objetivo é educar as pessoas com vistas à plena realização humana
(Gn 1.26,27; Ef 1.10-14; Tg 3.9). visando tomar-nos - educadores e educandos - semelhantes
a Cristo (Ef 4-13), precisamos de uma pedagogia que oriente o nosso que fazer
docente, para que não nos achemos como meros replicadores religiosos. A grande
pergunta não é como podemos fazer isso e sim: devemos fazer isso? Melhor, é
possível ensinar a fé?
Aqui é preciso fazer uma distinção fundamental entre 'fé' como
conjunto ou sistema de crenças, e ‘fé’ como uma característica essencialmente
humana que leva o ser humano a abrir-se e ser receptivo com o que ele,
inicialmente, desconhece, mas que percebe, sente e, mesmo transcendendo-o,
‘sabe’, ou seja, crê que existe, A mesma distinção faz Alister McGrath, ao
dizer que a ‘fé geralmente [é] compreendida de modo relacionai [enquanto que a]
crença geralmente [él compreendida de modo cognitivo’. Para ambos os sentidos
de fé, o físico não cristão, Marcelo Gleiser, diz que até mesmo 'a ciência
precisa de um arcabouço conceituai para funcionar, precisa de suposições, de
princípios, de leis de conservação, ‘em outras palavras, precisa de ‘fé’"
(CARVALHO, César Moisés. Uma Pedagogia para a Educação Cristã. Noções básicas da
Ciência da Educação a pessoas não especiatizadas. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2015, pp.42-43).
CONCLUSÃO
É
possível que o consumo exagerado e a criação inadequada de animais tenham
provocado as últimas epidemias. Seja qual for a origem de tais pestes, na
realidade o pecado sempre estará na raiz do problema, seja este espiritual
(rebelião contra o Senhor), seja social (ganância e falta de responsabilidade).
Cabe-nos estar alertas, mas não em pânico, pois, abrigados à sombra do
Altíssimo, certamente Ele nos livrará da peste perniciosa (Sl 91.1,3).
HORA
DA REVISÃO
1. Qual é a fonte
de toda enfermidade?
A desobediência humana.
2. Explique por
que nem toda doença tem como causa o pecado pessoal.
A Bíblia nos dá exemplos de que nem todas as doenças têm como causa o
pecado pessoal Podemos observar o exemplo de Jó e do cego de nascença.
3. Qual é a
“função" das pestes, pragas ou epidemias?
A “função” das pragas é sempre a mesma: Quebrar a arrogância,
demonstrar que a humanidade depende de Deus, não pode viver à parte dEle e
precisa reconhecer-lhe a soberania.
4. Cite as três
epidemias mundiais que a humanidade já vivenciou neste século.
Sars, H5N1 e influenza H1N1.
5. Qual é o papel
da igreja diante dos surtos epidêmicos?
A igreja deve oferecer uma palavra de esperança e interceder pelo
povo, devemos também, tal como Davi, ter compaixão das pessoas.